Sabino fala sobre time principal diante do Ituanoi (Foto: Rafael Vieira/FPF)
A transparência de Sabino
“ Todo jogador quer jogar… feliz do jogador que jogue tantos jogos assim”. As palavras do zagueiro Sabino, ainda no gramado, após a vitória do Sport sobre o Tombense, equivalem a um soco no estômago daqueles que reclamam, reclamam e reclamam, dos sucessivos jogos do Sport. Jogador quer jogar! Por vários motivos. Primeiro, não gosta de treinar. Segundo, é jogando que se ganha bicho. Terceiro, não gosta de dar brecha pra sombra. Esse “tapa e assopra” falando sobre o calendário enche o saco. Declina. Coloca os reservas. Pede pra sair da competição. Se atua com o time principal, é por opção do treinador e da Direção. Tudo é custo/benefício. Domingo, por exemplo, se sou o treinador do Sport, poupo todos os titulares contra o Ituano. Não viajaria um. Todos ficariam intercalando treinos táticos, jogadas ensaiadas, faltas, posicionamentos ofensivo e defensivo. Além de, claro, treinamentos diários de finalizações, finalizações e… finalizações. Se o Sport quer passar de fase na Copa do Brasil, tem que ganhar do São Paulo, quarta. Se não vencer, dificilmente ultrapassará o tricolor em São Paulo. Todos os titulares terão que entrar 100%. E tem mais. Os reservas do Sport teriam boas condições de empatar, e até vencer, o Ituano em São Paulo. Fecho, com a segunda parte da frase no de Sabino: “feliz do jogador que jogue tantos jogos assim”.
Os treinadores, geralmente, utilizam esse discurso pronto. Classifica sim. 57 pontos em casa e 19 fora. 76 no total. Pura teoria. Melhor utilizar o seguinte raciocínio. Se empatar fora de casa, com meus diretos concorrentes ao acesso, ganho três pontos. Trago o do empate e tiro dois da vitória que eles não tiveram. Se empatar fora de casa contra os que estão brigando contra o rebaixamento, perco dois. Os concorrentes terão a chance de conquistar três pontos.
Dois discursos
Aprendi nos juniores do Sport, na gestão no Náutico e nas entrevistas que fiz. Jogadores, treinadores e dirigentes têm dois discursos prontos. Um interno e outro externo. Darei como hipotético exemplo o que diria o treinador Xis, à imprensa, antes do jogo do Náutico contra a Aparecidense: “é um grande adversário. Foi infeliz nas derrotas iniciais e vai brigar pra subir”. Esse mesmo treinador, para os jogadores no vestiário: “os caras levaram duas lapadas. A segunda, jogando em casa. Se a gente perder pra esse time, vai ganhar pra quem???” Bem assim.
Câmara x Conceição
Inverteria rapidinho. Troco, sem pestanejar, Felipe Conceição por Júnior Câmara, o técnico pernambucano do Potiguar. E ainda traria de volta Gedoz, Matheus Ignacio e Dagson e os repassaria para o time norte-rio-grandense. Pagando o salário deles… Fechou, amigos de Mossoró?