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Veja a opinião de Léo Medrado no Diário esportivo sobre apresentação do novo técnico do Náutico

Ao separar o futebol vistoso do futebol resultado, ele passa a impressão de que o importante é vencer

postado em 31/05/2023 09:10 / atualizado em 31/05/2023 09:19

<i>(Foto: Tiago Caldas/CNC)</i>
Futebol resultado
Eu entendi o que quiz dizer Fernando Marchiori. Mas teria dito diferente. Ao separar o futebol vistoso do futebol resultado, ele passa a impressão de que o importante é vencer. Não é jogar bem. O que acontece na prática é que jogar bem, é o primeiro passo para se chegar à vitória. Se um time tem bom rendimento, ele está mais perto de vencer. Futebol não tem lógica, mas tem tendência. Se você domina o adversário, cria um número de oportunidades claras de marcar, e tem mais finalizações que o oponente, a tendência é a de que você vença oito e perca duas, em dez jogos. Dunga disse aquela barbaridade que contaminou os técnicos retranqueiros e inseguros. “ Querem espetáculo, vão pro circo”. O que o torcedor quer é ver um bom futebol. Quer assistir ao próprio time jogar bem. É mais fácil vencer jogando bem do que jogando mal. Simples assim. Voltando a Marchiori. Como falei no início, entendi o que ele quiz dizer. Às vezes, o time terá que jogar feio pra vencer. Concordo se for exceção. O mais importante será sempre vencer. Se ele colocar em prática as palavras que usou (força física, consistência e busca pela vitória), tá valendo. Isso não é futebol feio. Isso é futebol eficiente. Futebol feio é retrancar e jogar “por uma bola”. Isso o alvirrubro não perdoará, Fernando.

Por falar em Dunga…
Tomara que esteja errado. Mas tô torcendo pra não ter saudade de Tite. Não curtia o futebol da Seleção Brasileira de Dunga. Via o jogo, por ser profissional de imprensa. O Brasil de Tite foi outra coisa. Tive prazer. Orgulho. Aquela Seleção me representava. O Brasil jogou futebol, chegou sempre em primeiro nas eliminatórias, liderou o ranking por vários meses e… jogava bonito. Jogava futebol. Perdeu duas Copas, porque são Copas. Copa não perdoa erro. Contra a Bélgica, 2018, perdemos um caminhão de gols. Contra a Croácia, 2022, atacamos na hora errada. Mas valia a pena ver a Seleção de Tite em ação. Torcendo por Dorival Jr. Daqui, o melhor pro atual momento da Seleção. De fora, Pep Guardiola. Faria tudo pra convencê-lo a aceitar o desafio.

Vão lá e façam história
Seria essa a frase final que diria aos jogadores do Sport na subida para o gramado do Morumbi. Até hoje, a torcida rubro-negra, 24 anos depois, relembra a goleada de 5x2 no São Paulo de Telê. Chiquinho, Juninho e Leonardo, alavancaram a carreira naquele jogo. Todo o Brasil, incrédulo, passou a ver a bola daquele time. Quem sabe se Thyere (se tiver condições), Jorginho, e Juba não entram pra história? Love, já fez a dele. Mas poderá ampliá-la estarrecendo  os tricolores pelo desempenho aos 39 anos (daqui a 11 dias). Só há, no entanto, uma chance pra classificar. O time jogar no limite máximo, com superação individual, concentração total e focado na execução das três palavras que definem uma decisão: Marcação, criação e finalização.

Doze… no mínimo, dez!
A bronca no vestiário tricolor em Patos, após o empate contra o Nacional, era por demais necessária, apesar dos exageros nos palavrões proferidos por Conceição. Mas, desde a volta aos trabalhos, a chave deveria ser virada rapidamente. Dois desafios em casa, com o Arruda repleto, contra os líderes do grupo, Sousa e Pacajus. Tem que vencer os dois. E na sequência, ganhar do lanterna Globo, lá e cá. 12 pontos. No mínimo, 10.





















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