Leão saiu na frente, mas não conseguiu garantir a vitória (Foto: Sport/Divulgação)
Sem inspiração
Dois fatores se sobressaem no futebol do Sport em 2023: marcação e criação. O pecado era a finalização. O time criava de oito a dez chances por jogo. E o ataque tinha em média, salvo exceções como na goleada de 6x0 contra o Bahia, 20% de aproveitamento. Ontem contra o Ituano, a criação foi sofrível. Jorginho e Juba nada renderam. Jorginho ainda erra no gol de Rafael Cavalheira. Recua errado pra Fabinho, Quirino bate, Renan espalma errado (era pra rebater pra escanteio) e Rafael faz o gol de empate. Quanto a Juba, movimentou-se muito pouco, não buscou a bola e a produção foi zero. Ambos saíram no segundo tempo sem assistência e sem finalização. Na reta final, houve lances com relativo perigo. Love, Fabrício Daniel e Ewerton, assustaram o goleiro Jefferson. Aliás, Love o melhor do Sport. Pelo oportunismo no gol e pela entrega. As duas melhores oportunidades, no segundo tempo, foram do Ituano. Ambas com o atacante Ian Rolim. No primeiro lance, ganhou de Pedro Martins e colocou no ângulo. Passou muito perto e Renan só torceu. Na outra, num raro erro de Sabino, Rolim rouba-lhe a bola e faz o mais difícil, concluindo por cima. O ponto pode ser comemorado pelas circunstâncias. Mas pelo que assistimos, os adversários, candidatos diretos ao acesso, terão boas chances de sair do Novelli Jr com uma vitória.
Tudo bem. Foi dolorida a derrota como aconteceu. Tomar a virada aos 51 minutos, frustrou os tricolores. Porém um fator foi muito importante: o rendimento. O Santa criou chances com Chiquinho, Galego, Lucas Silva, Nadson… Precisa de muitos ajustes, é verdade. Mas fiquei animado com o volume de jogo, apresentado pelo tricolor.
Até quando?
Por onde ando, alguns indagam: porque tua implicância com Jael? Outros (a maioria) indiguinam-se: o que falta pra direção desligá-lo do elenco? Gente, primeiro separemos o ser humano, do profissional. As pessoas de dentro do clube, com as quais converso, falam muito bem sobre o cidadão Jael. Mas estamos analisando rendimento profissional. Aí, claramente ocorre um gravíssimo erro de avaliação por parte da cúpula alvirrubra. Manter Jael significa repetir Kieza. O Náutico jogou 25 vezes com um homem a menos em campo. Aliás, 24. Em um deles, Kieza fez um gol. Com ele o Náutico, sempre inferiorizado numericamente, caiu de divisão. Com Jael… Ainda dá tempo, Náutico.
Na mosca!
O Retrô acerta na contratação de Marcelo Martelotte. O momento exige treinador cascudo, para um elenco, agora, também cascudo. Mas algo tem que ser deixado bem claro: Marcelo terá liberdade para dançar conforme a música, ou o DNA sempre propositivo do clube imperará?