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Aporte da Liga Forte a Sport e Náutico divide opiniões e amplia 'abismo' financeiro

Enquanto o Leão vai embolsar valor em torno de R$ 138,8 milhões, Timbu ficará com R$ 10 milhões

postado em 25/06/2023 08:30 / atualizado em 25/06/2023 08:34

<i>(Foto: Divulgação/SCR)</i>
O aporte da Liga Forte Futebol (LFF), que tem A Serengeti Asset Management como principal investidora, chega como um desafogo para as cofres de Sport e Náutico - o Santa, por estar na Série D do Campeonato Brasileiro, fica de fora. No entanto, a discrepância entre os valores a serem recebidos por Leão e Timbu gera uma espécie de "abismo financeiro".  O Alvirrubro não ficou nada satisfeito, diga-se. 

Em entrevista ao Cast FC, o presidente do Sport, Yuri Romão, deu detalhes sobre a negociação, que já está na fase final. O time da Praça da Bandeira vai embolsar algo em torno de R$ 138,8 milhões. Anteriormente, a LFF já havia adiantado uma quantia à cúpula rubro-negra. 

"No nosso caso, estamos em fase final, restando a assinatura do contrato. Já assinamos um pré-contrato com a Liga há cerca de um mês. Por essa assinatura, a gente recebeu uma espécie de "premiação", que eles chamam de "acordo de boa fé", no valor de R$ 350 mil. A assinatura final deve acontecer nos próximos dias. Depois disso, ainda existem alguns trâmites que devem durar cerca de dois meses para que o Sport possa receber esse valor", diz Romão. 

O Leão é quem vai receber mais entre os times do Nordeste, à frente de Bahia (R$ 134 milhões), Fortaleza (R$ 118,5 milhões) e Ceará (118,5 milhões), que jogam Série A.

A situação envolvendo o Náutico e a Liga Forte é mais complexa e vem gerando debates entre as equipes da Série C do Campeonato Brasileiro. Até o momento, R$ 35 milhões serão repartidos entre os 20 times participantes da competição. Por já fazer parte da Liga, o Timbu, assim como Brusque, CSA, Figueirense e Operário, devem receber um valor mais alto do que a maioria. 

Ainda assim, os dirigentes alvirrubros consideram que os números são muito baixos. Pela venda de 20% das ações comerciais de futebol para o fundo Serengeti, o Náutico receberia R$ 10 milhões. Com isso, nenhum acordo ou documento foi assinado pela comitiva que representou o Náutico na assembleia, que contava com Diógenes Braga, mandatário do Timbu e Alexandre Carneiro, presidente do Conselho Deliberativo

Procurado pela reportagem do DP Esportes, Luiz Gayão, vice-presidente jurídico alvirrubro, que também esteve presente na assembleia, afirmou que nada ainda foi definido sobre como o clube deve proceder, com o assunto sendo estudado de forma interna. A situação realmente parece estar longe de um final, já que outros clubes da Série C buscam uma nova divisão de cotas e falam até na possibilidade de paralisar a competição. 

Na nova proposta, os clubes que já fazem parte da Liga Forte, incluindo o Náutico, iriam dividir igualmente o valor de R$ 10 milhões, além de receber R$ 1,25 milhão referente a divisão de R$ 25 milhões entre os 20 clubes participantes. Com isso, o Timbu teria direito a R$ 3,25 milhões. Vale salientar que o possível acordo foi idealizado em uma reunião virtual com representantes de 16 das 20 equipes da Série C, onde Náutico, Brusque, CSA e Operário não participaram. 

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