Diante do momento ruim da equipe, a segurança dos jogadores antes e depois da partida foi motivo de preocupação. As autoridades reforçaram o esquema de proteção, mesmo com torcida única. Havia, ainda, o temor de uma emboscada dos corintianos contra o ônibus da própria equipe na volta a São Paulo.
O árbitro Leandro Pedro Vuaden conversou com o policiamento no estádio, mas não enxergou possibilidade de continuar a partida. Ainda que hostilizados, os jogadores do Corinthians conseguíram deixar o campo. Os santistas, porém, ficaram no centro do gramado por cerca de 10 minutos, envolvidos por um cordão de segurança.
O técnico Odair Hellmann foi o único a conseguir deixar o campo na primeira tentativa. A polícia precisou subir nas arquibancadas para dissipar as manifestações agressivas. Alguns jogadores precisaram correr para chegar ao túnel que leva aos vestiários da Vila Belmiro. Apesar da pausa para a Data Fifa, a torcida santista foi ao CT Rei Pelé para protestar. O presidente do clube, Andres Rueda, o treinador Odair Hellman, e parte do elenco foram os principais alvos. Caixões de papelão e cânticos como "diretoria omissão e elenco vagabundo" foram os entoados.
MAIS VIOLÊNCIA
A violência também pairou sobre o outro lado da rivalidade. Na véspera da partida, a delegação corintiana não conseguiu desembarcar no hotel em Santos por conta de protestos da torcida alvinegra na porta da concentração. O clube deu meio volta em direção a São Paulo e repudiou a postura dos "torcedores".
Essa não foi a primeira vez que um Santos x Corinthians foi marcado por clima tenso na Vila Belmiro. Em 13 de julho 2022, o duelo de volta da Copa do Brasil, teve invasão de campo e uma agressão de torcedor santista contra o goleiro corintiano Cássio, diante da eliminação no torneio. O Peixe foi punido com portões fechados, mas reverteu a decisão para presença apenas de mulheres e crianças no estádio.
