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Veja a opinião de Léo Medrado no Diário esportivo sobre a gigante atuação do Sport contra o São Paulo

Primeiro necessário dizer com todas as letras: uma enorme, gigantesca vitória, o resultado de 3x1 estarreceu a crônica esportiva brasileira

postado em 02/06/2023 09:38 / atualizado em 02/06/2023 09:46

<i>(Foto: Gustavo Amorim/SCR)</i>
Duplamente fortalecido
Primeiro necessário dizer com todas as letras: uma enorme, gigantesca vitória. O resultado de 3x1 estarreceu a crônica esportiva brasileira. Os torcedores sampaulinos pareciam não acreditar no que viam. O Sport, que jamais havia vencido o São Paulo no Morumbi, conseguia os dois gols de diferença  necessários pra levar a disputa pros pênaltis. Com requintes de crueldade. O último gol  foi marcado aos 49’ do segundo tempo. 3x1 no Morumbi. 3x3 no placar agregado. O protagonismo do jogo pairou sobre os zagueiros do Sport. Defensivamente, desentrosamento e falhas de marcação. Sabino e Thyere caem nos dribles secos de Calleri e Michel Araújo. No lance de Michel, gol do São Paulo. Mas, em contrapartida, os defensores rubro-negros, ofensivamente, foram letais. O Sport reage e o zagueiro Alisson empata no finalzinho do primeiro tempo. Na segunda etapa, logo aos 6 minutos, o time da Ilha vira o jogo com um gol de Sabino. 2x1. O São Paulo administra a vantagem de 3x2 no agregado. A zaga do Sport não sofre, como no primeiro tempo, e no último minuto do acréscimo projetado pelo árbitro, Sabino marca o terceiro, num gol idêntico ao anterior. O São Paulo converte os cinco pênaltis. Juba bate mal e perde. Claro que o torcedor rubro-negro lamentou a desclassificação. Por tudo o que fez, “merecia” seguir na competição, repetiram, reiteradas vezes, os leoninos. Bola pra frente. A vitória diante do São Paulo, consolida o Leão como candidatíssimo ao acesso e ao título. Além disso, a absolvição de Carius na esfera esportiva (o único a não ser punido), fortalece ainda mais a união do grupo e a confiança para a conquista do maior objetivo do ano

3-5-2 nos Aflitos
Marchiori reforça a marcação e muda o sistema tático do time. Três zagueiros, dois alas, dois volantes e três atacantes. Na zaga, Denilson, Renan (lateral de origem) e Danilo. Nas alas, Ferraz e Matos nas alas. Jean e Souza na proteção. No ataque, Santiago, Jael e Villero. Se dará certo? Só o tempo irá dizer. Se acredito? Preciso conferir: o rendimento de Renan como zagueiro e se Souza terá liberdade pra criar. Qualquer que seja o esquema tático, todavia, algo é fato: a equipe precisa de um “9”.

Protocolo “pavão”
Quatro times de camisa pesada, de tradição, deixaram a Copa do Brasil nos pênaltis. Atlético MG, Inter, Botafogo e Santos. Um procedimento absurdo, todavia, deixou-me mais nervoso que as próprias cobranças. O protocolo utilizado pelos árbitros, conversando e orientando cobradores e goleiros. Bruno Arleu, por exemplo, no jogo Bahia x Santos, conversava com os batedores (um por um) e com Marcos Felipe e João Paulo (os goleiros) a cada cobrança. Uma atitude totalmente desnecessária. Bastaria alertar os capitães sobre os batedores, e com os dois goleiros numa única conversa. No mais, uma vaidosa necessidade de “aparecer”, no vídeo, pro Brasil inteiro.

Santa incompetência
Sou de uma época em que os Aflitos comportavam 25 mil torcedores. A Ilha abrigava 45 mil e no Arruda, cabiam 60 mil. Cheios, tá. Não superlotados. Hoje, o limite de público é 44 mil. Eram facilmente vendidos, na década de 80, setenta mil tickets pras decisões. E hoje, os comandantes do Santa Cruz não conseguem fazer chegar às mãos dos tricolores 35 mil bilhetes. Aprendi: “Deus me livre de exercer um cargo maior do que a minha competência“.

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