O futebol feminino vem quebrando barreiras do preconceito no esporte (Foto: Sanka Vidanagama / AFP)
Mulheres, apenas…
Analisando a palavra PRECONCEITO, torna-se interessante avaliá-la como sendo um “conceito prévio”. Quase uma convicção sobre o que ainda não aconteceu. Ou seja, a palavra não faz sentido. É preciso observar, analisar algo desconhecido antes de formar uma “opinião sobre”. Pois bem. Muitos amigos levantam uma bandeira que despreza o futebol feminino. Não por machismo. E sim, por não se sentirem atraídos pela execução do esporte, sob os pés das meninas. Há dez, doze anos, pensava parecido. Até que comecei a assistir aos jogos desarmando o espírito. E aí descobri nelas, a pureza que me reportou ao futebol dos primórdios. Sem conceituações táticas exacerbadas, e também longe daquele futebol das crianças de cinco anos, onde todos saem desembestados atrás de uma mesma bola. Comecei a perceber que a beleza do jogo delas advinha da ideia básica. A regra mais importante do jogo pras meninas é a 10: O GOL. Sem a covardia dos treinadores conservadores, meticulosos, medrosos mesmo, o futebol delas flui pelo instinto. Pela naturalidade de como aprenderam e pela espontaneidade com a qual o executam. Não se trata de robotizados jogadores doutrinados, programados pra marcar, marcar, marcar… São APENAS MULHERES que querem jogar bola. Marmanjos: façam um auto desafio. Assistam ao mundial feminino, como se tivessem parado o carro à beira de um campo “careca”, num subúrbio qualquer, e se deliciassem com uma saborosa pelada. Mas cuidado! O Ministério do Futebol Bola, adverte: Vocês podem se viciar…
Oi? Como? Não entendi! Tem algo errado. O normal é o torcedor, apesar da euforia, ficar sempre reticente, temeroso, desconfiado. O cronista é pedir calma, ponderar, analisar a tabela. Por outro lado, na contramão, os jogadores e o treinador o normal é esbanjarem otimismo, repassarem crença e confiança numa classificação ou título. Para o mundo que eu quero descer! Na Ilha é diferente. Enquanto o torcedor e a crônica esbanjam otimismo e conceituam abertamente o Sport como favorito ao acesso e até ao título, o técnico vive declarando que “não é bem assim”. E não estamos falando sobre o clichê dos falsos humildes do “ainda não ganhamos nada”. Soa-nos mesmo como insegurança de um treinador que insiste em conter a energia otimista reinante num confiante elenco. Cuidado, Enderson. Você terminará convencendo os jogadores de que eles não são tão capazes quanto acreditam.
Quanto vale um semestre?
Essa conta não sai da cabeça dos racionais tricolores. Daqueles que efetivamente se preocupam com o clube. No próximo domingo, 23 de julho, poderá acontecer o último jogo oficial do Santa até janeiro de 2024. Seriam seis meses de inatividade. Aí, jogará um quadrimestre (até abril), e voltaria a jogar em janeiro de 2025. Seriam mais oito meses sem competições oficiais. Dá um calafrio só de pensar. Mas só externarei o que penso sobre os crassos erros cometidos, quando todas as chances de classificação estiverem (se é que estarão) esgotadas. Ainda existe um fio de esperança. Que o Santa faça a parte dele. Goleie o Iguatu. O estopim da incompetência acontecerá se Pacajus ou Potiguar tropeçar e o time do Santa não tiver cumprido o seu papel. Se tiver que cair, caiam de pé, jogadores. Façam sua parte. Será o mínimo que farão por essa apaixonada torcida. Eu falei Torcida! Não me refiro aos marginais infiltrados.