O caso de Richarlison precisa servir de exemplo, principalmente nas divisões de base (Foto: Vitor Silva/CBF)
Trabalhar a mente
“Passei por um momento turbulento nos últimos cinco meses fora de campo. Pessoas que só estavam de olho no meu dinheiro saíram de perto de mim. Voltando para a Inglaterra, vou procurar ajuda psicológica”. Este foi o desabafo do atacante Richarlison, após o jogo do Brasil contra o Peru, pelas Eliminatórias. Este é um alerta importante. Como ele, muitos outros devem passar pelo mesmo problema. O mundo do futebol deu uma guinada financeira enorme nos últimos anos. As cifras atingem valores absurdos. E muitos destes jovens talentos não possuem um trabalho de preparação dentro dos clubes. Parte psicológica, educação financeira, assistência social. São raros os clubes que têm. Na Série A, apenas 10 clubes têm um trabalho com um psicólogo para o elenco. Sem essa ajuda, os “aproveitadores” vão surgir. Não digo apenas de empresários que se aproveitam do jogador. Mas os tais “amigos”, que circulam e sugam a alma e o dinheiro. O caso de Richarlison precisa servir de exemplo, principalmente nas divisões de base. O jogador do Tottenham foi corajoso ao discutir abertamente o assunto. Nossos clubes precisam começar a ter uma atenção especial com esse tema, trabalhar a mente do jovem talento. E, caro leitor, fique alerta: o cara ao seu lado, com sorriso fácil e sempre à disposição para ajudar, pode precisar muito mais do seu apoio.
Para ganhar a confiança do torcedor e se credenciar como técnico do Brasil na Copa de 2026, Fernando Diniz precisa revisar conceitos. Um deles é com as substituições. Contra o Peru, somente fez as substituições na reta final do segundo tempo, mesmo com algumas estrelas atuando mal e errando muitos passes. Teria coragem de tirar um deles de campo?
Homero Lacerda
Ao lado do irmão e parceiro Claudemir Gomes, iniciamos os primeiros encontros para produzir o livro sobre a história do ex-presidente do Sport, Homero Lacerda. Família, os primeiros passos como dirigentes, os ensinamentos e, claro, os títulos, com destaque para a conquista do Brasileiro de 1987, marcante e significativa para o clube.
Vencer é o céu
Só a vitória do Sport contra o lanterna ABC, amanhã, em Natal, para amenizar o clima entre torcida x elenco/treinador. As declarações que foram dadas após o empate com o Criciúma mexeram em uma “casa de vespeiro”. Porém, como diria Costinha, ex-dirigente do Leão, “vencer é o céu”. Tudo se apaga com um resultado positivo.
Novo VAR
A Fifa estuda mudanças na lei do impedimento. A ideia é que não será mais impedimento se o jogador tiver uma parte do corpo na mesma linha do adversário. Outro ponto positivo: ajuda o VAR, que não precisará usar duas linhas, mas apenas uma na revisão. A margem de erro cai e mais gols vão ser validados nas competições.