Federação pernambucana vem liderando movimento para ampliar a Série D (Foto: Rafael Vieira/FPF)
Enquanto a “E” não vem
A Federação Pernambucana propôs à CBF o aumento no número de clubes que participarão da Série D em 2024. 27 outras equipes entrariam, perfazendo um total de 91 clubes. A grande maioria, pra não dizer a totalidade, das 64 agremiações, votaria contra a mudança que, camuflada ou descaradamente, evidenciaria uma “virada de mesa”. Dois aspectos seriam analisados. Os 64 times fizeram por onde, nos respectivos estaduais, garantir presença na “D” em 2024. O outro ponto seria o aumento da dificuldade para o acesso à Série C. Ao invés de 63 concorrentes, o clube passaria a disputar com 90 outras equipes. O presidente Evandro pediu a minha opinião e lhe repassei o seguinte: proponha uma fase pré-classificatória, a exemplo do que acontece com a Copa do Nordeste, para ser disputada pelas 27 equipes que toparam entrar “pela janela”. Apenas quatro, ou duas, teriam acesso. O número de equipes interessadas, ou com o mínimo de estrutura para essa “seletiva”, cairia pra dez, talvez oito… seis agremiações interessadas. Todas as que topariam participar de uma idealizada Série E (vetada pela maioria das federações) seriam convidadas. Os grandes obstáculos de Evandro serão: o escasso tempo para fazer isso tudo andar e acontecer, além da defensável tese da maioria, de que até concordaria com a implementação do pré-qualificatório. Mas para entrar em vigor em 2024, classificando, somente para 2025. O contra-argumento do presidente da FPF, seria: “O futebol brasileiro precisa, urgente, de uma quinta divisão. Enquanto ela não vem…”. Na verdade, tudo seria um gatilho pra tentar calendário para equipes como Paraná Clube, Joinville e Santa Cruz.
Colocando-me no lugar de Fernando Diniz, sinto-me desconfortável sob dois aspectos: “Dividir e Repassar. Dividir o comando da Seleção com um clube não é legal. Toda convocação caseira será julgada. “Convocou porque é do Fluminense. Tem dinheiro por fora na parada…”, dirão alguns. “Só não convocou, porque iam alegar que havia dinheiro por fora”, dirão outros. Outro desconforto será o repasse do cargo. É a consciência de que, mesmo fazendo um grande trabalho e arrebentando a boca do balão, Diniz terá que repassar o comando, no “filé” Copa do Mundo, com tudo mastigadinho pra Carlo Ancelotti. Vai ter muita gente pressionando pro italiano ir com Mariann Barrena e família “esquiar nos Alpes” durante o Mundial 2026. Pensaram nisso, Ednaldo e cia?
Idiota, no bom sentido
Um certo comentarista disse certa vez: “bota o fone no ouvido desse imbecil que eu quero lhe dar um cacete”. No que o repórter, prontamente, retrucou: “o imbecil já estava com o fone no ouvido”… pois bem! O técnico do Botafogo, Bruno Lage, agiu como um perfeito idiota ao entregar o cargo após a derrota para o Flamengo. Criou e fomentou crise onde não havia, passou insegurança pra todos e mostrou-se despreparado, pelo menos pras coletivas. Então: “bota o fone no ouvido do portuga que eu …”.
Separando os homens das crianças
Tá na hora da onça beber água. Sábado, contra o Criciúma, jogo de trocentos pontos. Sport há quatro jogos sem vencer. Sem Sabino, Ronaldo e, talvez, Thyere. Já Love: um gol nos últimos dez jogos. Seu nome agora, amigo leitor, é Enderson Leão. Diego Souza vem aí. Então: títular ou reserva pra enfrentar o Criciúma? E com ou sem Love no time?