Fortaleza vai decidir a Copa Sul-Americana com a LDU, do Equador (Foto: Foto: Mateus Lotif)
Vitória da organização
Passei o dia de ontem assistindo aos programas de TV para saber a opinião sobre a vitória do Fortaleza. Claro que temos vozes sensatas, que olham o trabalho e o momento do clube cearense diante de um Corinthians confuso e conturbado. Até na hora da execução do Hino Brasileiro, os jogadores do time paulista não se entendiam para qual bandeira olhar. Dentro de campo, um Fortaleza dominante, intenso. O lance do meia Pochettino em cima de Gabriel Moscardo, em que recebeu amarelo, alguns apontam que deveria ter sido vermelho. Poderia, sim, mudar o jogo. Mas resumir a derrota nesse lance é demais.
Mano Menezes foi para levar a decisão para os pênaltis. Sabia que não teria equipe para encarar de igual para igual. Reduzir a classificação do Tricolor ao Pici ao erro da arbitragem é querer esconder a verdade: como time de futebol, o Fortaleza foi, nas duas partidas, superior; como clube, os cearenses estão dando lições de gestão. Em tempos de SAF e negociações com investidores estrangeiros, segue sendo bem gerido e com estabilidade financeira que serve de exemplo ao alvinegro, que tem uma receita duas ou três vezes maior e dívidas que beiram a casa do bilhão. Aliás, não vejo humilhação ou vergonha nesta derrota. Foi um duelo de um Fortaleza mais organizado, com um elenco melhor e com o técnico Vojvoda sendo um dos destaques nos últimos anos do futebol brasileiro. Contra um Corinthians que precisa se renovar em termos de gestão e que necessita reformular seu elenco, para que Mano Menezes possa iniciar seu trabalho.
— Fortaleza Esporte Clube %uD83E%uDD81 (@FortalezaEC) October 5, 2023
Conmebol
Novamente, um clube nordestino chega a uma final de torneio promovido pela Confederação Sul-Americana. O feito anterior foi do CSA, que disputou o título da Taça Conmebol de 1999 para o Talleres, da Argentina. Em casa, o alviazulino venceu por 4x2, mas perdeu na volta por 3x0, com o gol da conquista dos argentinos saindo aos 45 do segundo tempo.
Absurdo
A Fifa está fazendo de tudo para acabar com o encanto da Copa do Mundo. Em 2026, teremos um Mundial com 48 seleções, 12 grupos e em três países – Estados Unidos, Canadá e México. Agora, inventam essa história que a Copa de 2030 será na Espanha, Portugal e Marrocos, mas com jogos de abertura na Argentina, Uruguai e México.
Identidade
As próximas Copas não terão mais uma identidade com um único país. A última foi no Catar, ano passado. Em 2026, o torneio chega inchado, com 104 partidas em um mês. E quatro anos depois, seis países já terão vagas asseguradas. Ou seja, todas as seleções sul-americanas estarão presentes no Mundial. Já a Copa de 2034 pode ser na Oceania ou Ásia.
Inédita
Vibrando com essa medalha de prata da equipe feminina de ginástica artística no Mundial de Antuérpia. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares se credenciam para mais medalhas nas provas individuais.