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COLUNA

Léo Medrado: 'Inteligência emocional na relação entre clube e imprensa'

Os clubes fecharam as portas, trancaram os treinos e isolaram os atletas

postado em 27/12/2023 09:24 / atualizado em 27/12/2023 09:30

<i>(Foto: Reprodução)</i>
Inteligência Emocional nas coletivas
Certa vez, o meu chefe falou: “ Não dá pra jornalista ser amigo de jogador ou dirigente”. Estava começando. E como repórter setorista. Convivia com recentes ídolos. E não podia ser amigo deles. Não consegui cumprir a lei. Mas ao invés de desmoralizá-la, fui provar pra mim mesmo que ela estava errada. E me tornei amigo de vários treinadores, jogadores e diretores. O dia a dia era diferente. Havia uma aproximação maior. Vc convivia mais diretamente com todos no clube. Fui criando e amadurecendo minha postura nesses relacionamentos. Aqueles que não aceitavam as criticas, que sempre pautei como sendo construtivas e nunca depreciativas, iam se distanciando naturalmente. 35 anos depois, tá tudo diferente. Em demasia. A possível amizade transformou-se em provável desavença. Os clubes fecharam as portas, trancaram os treinos e isolaram os jogadores. Havia um meio termo mais defensável, aí. Treinamentos específicos precisam de privacidade. Outros, não necessariamente. No final, ruim pros dois. O repórter tem que se desdobrar para colher as informações. E o clube torna-se passível de especulações e fakes. Informação oficial vira apuração por fontes. E as verdades oscilam, perdem a força e muitas das vezes sucumbem. O resultado disso? Profissionais do clube e profissionais de imprensa não se relacionam e trocam mensagens nos grupos pessoais falando mal uns dos outros. Desnecessário isso. Descabido e desconexo. Todos perdem. Resta-me recorrer ao brilhante escritor americano Daniel Goleman. Faz mais uma edição na tua série, Daniel. Escreve:  INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA RELAÇÃO CLUBE/IMPRENSA. O futebol agradece…

Quem vem lá, Sport?
Cuidado com o couvert. Se você caprichar, aumentará a expectativa quanto ao prato principal. O Sport apresentou Castan de entrada. E a torcida passou a esperar um Ganso (PH) no almoço ou um Pato (Alexandre)  no Jantar. Os três responsáveis pela maioria esmagadora de gols terão que ser substituídos à altura. Love (23), Juba (20) e Jorginho (13), marcaram 56 gols. Quem vem lá, Drubscky?

O certo dá certo
São duas finais consecutivas. Mais maduro e munido de promissores reforços, o Retrô marcha célere para o primeiro título da sua história. Diferentemente dos có-irmãos, o clube aurianil já nasceu, fisicamente, grande. E apesar de ainda não ter obtido êxito nas conquistas, não duvidem do Retrô. O Sport conseguiu, na década de 90, abrir vantagem sobre Náutico e Santa, por ter mais dinheiro e estrutura. E isso não falta ao time de Laércio, Gustavo & Cia. O Retrô será o certo que deu certo. Aguardem…

Quase quarenta…
Mais precisamente, trinta e oito. Foram 20 no Náutico e 18 no Santa Cruz. Refiro-me aos reforços. Fica difícil fazer um análise mais precisa sobre a qualidade nas escolhas pelos contratados. Diante dos orçamentos disponibilizados pelos presidentes, são bastante defensáveis. Se o índice de acerto for superior à 70%, teremos um Pernambucano, no mínimo, Interessante

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