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COLUNA

Beto Lago: 'Lei 14.790 que regulamenta o funcionamento das apostas esportivas no país'

Regularizadas, os clubes podem continuar usufruindo de suas marcas

postado em 03/01/2024 08:00 / atualizado em 03/01/2024 08:12

<i>(Foto: Sandy James/DP FOTO)</i>
Lei 14.790
Sábado passado, o presidente Lula sancionou a Lei 14.790, que regulamenta o funcionamento das apostas esportivas no País. Uma espera de cinco anos, desde a criação da chamada Lei das Apostas, no governo de Michel Temer, que permitiu a entrada das casas no Brasil. O ano de 2023 foi de muita discussão, conversas nos bastidores, votações no Congresso Nacional para que fosse possível criar os marcos regulatórios. Um ponto sancionado pelo presidente foi a taxação sobre os ganhos de todos os apostadores. Quando foi elaborado o projeto de lei, o apostador que faturasse R$ 2.112,00 estaria isento de imposto. Agora, qualquer lucro tem uma taxa de 15%. Ainda assim, essa taxação atendeu as expectativas. Antes, existia uma perspectiva de o imposto girar em torno de 30%, que poderia inviabilizar o funcionamento de algumas empresas e afastar os apostadores. O IBJR, Instituto Brasileiro de Jogo Responsável, que representa a maioria das grandes casas de apostas que atuam no mercado nacional, trabalhou forte no lobby das “bets”. Sempre defendi a regulamentação do setor. O importante é que tudo foi discutido amplamente, com debates no Senado e na Câmara). As casas de apostas precisarão ter sede no Brasil e terão que pagar uma licença para funcionar – R$ 30 milhões por cinco anos e com até três marcas distintas. E o Governo Federal pode arrecadar mais de R$ 3 bilhões por ano apenas com impostos. Ganha todo mundo. Regularizadas, os clubes podem continuar usufruindo de suas marcas nas camisas. Em 2023, as empresas investiram mais de R$ 330 milhões nos clubes da Série A, segundo o site Poder360. E o que dizer do Flamengo, que terá a camisa mais valiosa do futebol nacional: a PixBet vai desembolsar R$ 170 milhões por dois anos de contrato. 

De parabéns
O técnico do Sport, Mariano Soso, surpreende os setoristas que cobrem o clube. Ontem, conversou com a imprensa, explicou o que fez pela manhã e o que faria a tarde, e se colocou à disposição para tirar dúvidas. E vem ganhando pontos por querer estudar o português, para facilitar a comunicação dentro do clube, com a imprensa e com a própria torcida. 

Salgueiro em crise
Do sertão, a notícia era que Zé Guilherme deixaria o cargo de presidente do Salgueiro. Sem dinheiro, o Carcará não tem comissão técnica e elenco para a disputa do Estadual. Pode acabar sendo rebaixado para a 3ª Divisão e ter que pagar uma multa de R$ 300 mil. Tentei, por várias vezes, falar com o dirigente por telefone. Nenhuma resposta até o fechamento da coluna. Amanhã, tento explicar um pouco mais a situação do clube que vi crescer, sendo o único do interior a conquistar o título pernambucano da Série A1.  

Naming rights
Tradicional equipe de Fórmula 1, a Sauber vendeu seus naming rights para uma plataforma de apostas. Nos próximos dois anos, a equipe será a Stake F1 Team. A empresa já tinha fechado um contrato de patrocínio até 2025 no valor de R$ 460 milhões, mas investiu um pouco mais para ter o nome do carro. Os valores do negócio não foram divulgados.

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