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COLUNA

Léo Medrado: 'Zagallo foi a mais completa tradução do nosso futebol de talento e raça'

Velho Lobo: seu legado ficará pra sempre, seu número preferido, o 13, está guardado em nossas lembranças, ser-lhe-emos eternamente grato

postado em 08/01/2024 08:46 / atualizado em 08/01/2024 08:56

<i>(Foto: Reprodução)</i>
Lobo Guerreiro
Não o vi jogar. Chamavam-no de “formiguinha”. Um moderno quarto homem de meio, em plena década de 50/60. Lembro-me dele como treinador. Técnico Raiz. Motivador, incentivador…Campeão. Em 1970, as Feras do Saldanha foram remodeladas. Acomodadas no único sistema que nos permitiria a oportunidade de assistir aos shows de genialidade proporcionados pelos “Cinco Dez”. Pra vocês entenderem: a camisa dez passou a ser sinônimo de craque, de melhor do time, após Pelé ganhar o primeiro título mundial para o Brasil em 1958. E aí, os melhores times do país foram contemplados com a convocação dos seus camisas 10, para o mundial do México. Zagallo teve a ousadia de colocá-los, todos juntos, no time titular. Ao lado do protagonista da 10, o Rei Pelé, Jairzinho do Botafogo, virou o 7. Gerson do São Paulo, o 8. Tostão do Cruzeiro, o 9. E Rivelino do Corinthians, o 11. E TODOS JUNTOS FOMOS. Vimos, senão o melhor, um dos maiores esquadrões de toda a história desfilar a arte, o talento do nosso futebol, pra gringo babar. De Clodoaldo pra frente, todos fizeram gol. O mérito maior foi do Novo Lobo. O Velho, conheceríamos 27 anos depois. Duas imagens ficaram marcadas na nova era Zagallo. Comandando a Seleção na Copa América de 1997, após o título contra a Bolívia, imortalizou uma frase desabafando contra os seus ferrenhos críticos: “Vocês vão ter que me engolir”. Um ano depois, na França, outra cena indelével: a peregrinação pelo gramado, motivando os jogadores para as cobranças de pênaltis, na semifinal contra a Holanda. Valeu, Zagallo. Seu legado ficará pra sempre. Seu número preferido, o 13, está guardado em nossas lembranças. Você foi a mais completa tradução do nosso futebol de talento e raça. Ser-lhe-emos eternamente gratos. A propósito: o título da coluna tem 13 letras.

Dor sem fim
Chega de sofrimento. O torcedor tricolor necessita respirar alegria. O projeto Erro Zero, precisa acontecer no Arruda. Ontem, após fazer 2x0, o time cede o empate em falhas infantis do goleiro e do capitão. E ambos voltam a errar nos pênaltis. André não pega nenhuma das onze cobranças e Rafael desperdiça, ao bater no meio do gol. Uma vitória tranquila transforma-se em mais um pesadelo. O Santa precisa de jogadores que entendam o enredo do Clube. Que tenham concentração total em cada minuto da partida. Em cada jogada, em cada finalização. Não adianta formatar um grupo de jogadores que trate o jogo como mais um a ser disputado por eles. Chega! Chega de errar! Só vista a camisa do Santa quem realmente entender o peso do erro. E que ainda assim, queira jogar no clube.

Começamos bem…
O fim de semana não poderia iniciar melhor, pra nós pernambucanos. O Retrô arranca, na raça, a classificação no primeiro pré da Copa do Nordeste, desclassificando, nos pênaltis, o Confiança dentro do Batistão, em Aracaju. O novo goleiro, Paulo Ricardo, foi o destaque. O antigo não deixou saudades. E o Náutico ganha 600 mil, sem entrar em campo, após a desclassificação do CSA em pleno Rei Pelé, para o Iguatu. Aí, chega o domingo…

Apesar de você…… 
O Pernambucano promete. Os toscos erros cometidos pelos dirigentes não empanarão o brilho do nosso concorrido Estadual. Quarta-feira,  brincadeira começa. Náutico, Retrô, Santa e Sport (ordem alfabética), brigam pelo título. Os demais? Azarões. Tirarão pontos dos grandes, mas não chegarão, sequer,  à grande final.

Ednaldo não sai!
Não haverá eleições na CBF. Afirmou contundentemente ontem  o Pres. da FPF, no Craque CBN. Ednaldo será reempossado hoje e só sairá em 2026.

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