Pela primeira vez, os quatro postulantes ao título decidirão o Campeonato Pernambucano. Isso não acontecerá em nenhum outro estado brasileiro. No Rio, o Botafogo ficou de fora. Em São Paulo, o Corinthians não se classificou. Nas demais federações, não existem quatro reais candidatos ao título. Se a “quarta força” vencer nesses Estados, como aconteceu aqui com o Salgueiro, o resultado será considerado surpresa pra alguns e uma grande zebra para outros. No Pernambucano, as semifinais prometem muita emoção. Sport x Santa e Retrô x Náutico farão jogos de ida e volta totalmente imprevisíveis. Na primeira fase, O Retrô venceu o Sport e o Náutico. Que venceu o Santa e o Sport. Que fez a melhor campanha e ganhou do Santa. Que foi o único dos grandes a não perder pro Retrô. Fazendo uma rápida análise, o Retrô, apesar da derrota pro Petrolina, apresentou, diante do Sport, o melhor futebol nos confrontos entre os quatro. O Sport tem o elenco mais qualificado. O Santa perdeu os clássicos mas teve o rendimento mais regular na fase. E o Náutico ganhou os dois clássicos e foi o último a perder um jogo. Para os que acreditam existir favoritismo em clássicos, os palpites pipocam. Porém, para os comentaristas mais comedidos, ponderados e equilibrados, imprevisibilidade total e absoluta.
Prós e contras
Schulle não tem um elenco de qualidade. Apostou então no entrosamento do time. Definiu, logo que pôde, a equipe titular, que ganhou confiança e adquiriu personalidade. Mas tem o contraponto. O Santa cruzará amanhã com o Sport. Soso saberá que jogadores precisará anular. Schulle, não. Não tem a menor ideia sobre que titulares serão escalados por Soso. Uma vantagem pra Mariano. Se souber tirar proveito…
Por falar em Itamar…
A torcida do Náutico está dividida. Uma parte condena o trabalho de Allan Aal, que poderia extrair mais dos jogadores. Outra, alega que o problema tá essencialmente na “qualidade técnica sofrível” do elenco. Para os que querem a saída de Allan, uma sugestiva pergunta: Itamar Schulle, que não terá competição a disputar pelo Santa, seria um bom substituto para Aal?
E se o Petrolina passasse?
Duplamente frustrado! Pela desclassificação e por perder a oportunidade de constatar qual seria a reação do petrolinense ao se deparar com um adversário do Sul/ Sudeste na próxima fase da Copa do Brasil. A questão é: trairia seus princípios sertanejos de fidelidade e bairrismo pela região, para torcer por um Flamengo ou permitiria que o “Orgulho de ser Nordestino” falasse mais alto? Quero estar vivo para, um dia, constatar a sua decisão, caba da peste!
