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COLUNA

Beto Lago: 'Todos os clubes querem fazer a festa na final, ser campeão forma gerações'

Quanto mais longe ficam as conquistas, mais se perde torcedores

postado em 09/04/2024 10:06 / atualizado em 09/04/2024 10:15

<i>(Foto: Rafael Vieira/FPF)</i>

O custo de um Estadual 
Qual a importância de um título estadual? Pode parecer estranho a pergunta, mas a cada início de temporada isso circula pelos veículos de comunicação em debates e discussões. Sem divisão nacional, o Santa Cruz precisava da competição local para ter calendário nacional em 2025 e o torneio era “vida ou morte”. E para Sport, Náutico e Retrô, já com divisões e buscando seus acessos? Seria um preparatório para os Brasileiros? Pode-se dizer que sim, usando o Pernambucano para utilizar algumas apostas ou garotas da base. E como deu certo para dois nomes: Pedro Lima (Sport) e Thalissinho (Náutico). Todo início de temporada, os dirigentes fazem questão de dizer que o Nacional é o mais importante. Mas, ano após ano, o Estadual derruba planejamentos (se existiu, claro!). Treinadores pensados por um ano inteiro sentam na cadeira por poucos meses. Jogadores com contratos até o fim da temporada não correspondem e o custo vai aumentar ainda mais com a dispensa. Quem levanta a taça, viverá momentos de felicidade junto à sua torcida. Ainda que esconda os problemas e defeitos do elenco. Só que tem um detalhe que nós, comentaristas, esquecemos de dizer: não se pode desprezar a força de um campeonato centenário. Ele pode ter sido maltratado, sem organização, mas é um torneio vibrante e todos os clubes querem fazer a festa na final. Ser campeão forma gerações. Quanto mais longe ficam as conquistas, mais se perde torcedores. Ganhar é o céu, já diria Costinha, ex-dirigente do Sport. É por isso que o torcedor rubro-negro não se cansa de festejar a taça de sábado. E os demais, juntam os cascos para recomeçar a temporada. 

Nada de novo 
Na decisão contra o Sport, o técnico do Náutico, Mazola Júnior, falou que iria trazer algo de diferente para o jogo. Não trouxe. Repetiu a escalação e o modelo de jogo de Allan Aal, desaprovado por todos. Claro que foi um tempo curto, mas poderia, sim, ter sido mais ousado. Contra o Bahia, um novo e difícil teste. Como virá o Timbu? 

Sonho meu?
Por sinal, se Náutico e Sport avançarem nas quartas e semifinais da Copa do Nordeste, o Clássico dos Clássicos pode ser repetido, com mais duas partidas, em uma inédita final do torneio regional. Será que dá para sonhar com isso?

Acessibilidade 
Assistir jogo na Arena de Pernambuco pode ser uma boa sensação para o torcedor, mas todo mundo pensa muito quando quer ir ver os jogos, principalmente os decisivos. Na final de sábado, o tempo médio de ida para o estádio e de volta para casa se aproximava das 2h30. O Governo do Estado precisa melhorar esse acesso.

Torcida única
Vitória é campeão, sem festejar com o torcedor no estádio. O Atlético/MG fez o mesmo. Essa ideia de torcida única é de quem não entende (ou não gosta) de futebol.

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