Torcedor do Náutico realiza dupla invasão no clássico (Foto: Paulo Paiva/SCR)
As cenas da briga entre torcedores do Náutico e a Polícia Militar, no último sábado (30), chocaram as pessoas envolvidas com o futebol. E muitos pedem um basta à violência e cobram punições severas aos envolvidos. Eles não querem que apenas os clubes acabem levando suspensões e pedem prisão aos vândalos. Além da briga generalizada, chamou atenção, o fato de um torcedor alvirrubro ter conseguido invadir o gramado dos Aflitos em duas oportunidades, paralisando a partida.
Em entrevista à Rádio Clube, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, comentou sobre a falha na segurança durante o confronto. “Lamentável, sem dúvida nenhuma, falha de operação. Foi uma má intervenção no evento, o torcedor deveria ter sido retido na delegacia do torcedor até o término do jogo, para responder o TCO. Ninguém entende, a Polícia Militar vai apurar as responsabilidades, porque não faz nenhum sentido, o torcedor deveria ter sido colocado na delegacia do torcedor do estádio. Então, houve falha sim, temos que reconhecer. Temos que apurar e penalizar isso é regra de toda corporação de toda instituição”, disse o mandatário.
Por outro lado, Evandro Carvalho celebrou que não foram presenciadas cenas de violência na Região Metropolitana, antes e depois do clássico. No entanto, dentro do estádio, foram presenciadas cenas lamentáveis - arremesso de objetos, briga generalizada e invasão de campo.Vale lembrar que o confronto entre Náutico e Sport, teve apenas a presença da torcida mandante. O presidente da FPF cobrou punição aos vândalos que promoveram tumulto nos Aflitos.
“Tivemos 100% de tranquilidade na cidade. Não tivemos violência nenhuma na cidade, o resultado foi muito bom para a sociedade, na cidade do Recife e cidades adjacentes. Infelizmente, dentro do estádio, nós tivemos ações desses vândalos. Eu tenho opinião formada e repito isso há muito tempo, nossas leis são frouxas. Nós não temos legislação como a Inglaterra, estabelecida para poder exterminar e encerrar aquele capítulo dos hooligans”, destacou.
“Enquanto nós não tivermos uma legislação desse tipo, aquelas pessoas que brigaram ficasse um, dois ou três anos presos, nós não vamos enxugar gelo.Nós vamos punir as pessoas para não ir a um jogo, dois jogos, três jogos, cinco jogos depois voltam novamente. É uma situação complicada”, acrescentou.
Como a partida era válida pelo Campeonato Pernambucano, o Náutico não receberá punição na Série C do Campeonato Brasileiro. O árbitro da partida, Diego Fernando, relatou na súmula e caberá ao TJD/PE julgar a punição ao Alvirrubro.“As cenas de arremessos de objetos, violências entre torcedores e invasão de campo, como elas ocorreram no jogo estadual, são competência do Tribunal de Justiça Desportiva TJD/PE e não do STJD. (...) Os auditores julgam e culminam essas penas dos clubes, são de fato além de multas pecuniárias, fechamento do estádio, torcida única e etc”, explicou.
Torcedores do Náutico atiram objetos no gramado dos Aflitos (Foto: Paulo Paiva/SCR)