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COLUNA

Léo Medrado: 'Bota o time titular hoje e domingo, Soso!'

Com a Série A parada, o Brasil estará em frente a TV assistindo a essas decisões

postado em 22/05/2024 09:35 / atualizado em 22/05/2024 13:52

<i>(Foto:  Rafael Vieira/DP Foto)</i>

Por que poupar?
Em 2017, a CBF e a FENAPAF (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) chegaram a um acordo para firmar oficialmente um intervalo mínimo de 66 horas entre as partidas de futebol profissional. Esse prazo não foi estabelecido por acaso. Foi estudado e apreciado por profissionais que lidam diretamente com rendimento e performance física e técnica dos atletas. Então, por que clubes, técnicos e dirigentes reclamam absurdamente do “desumano” calendário, como chorava acintosamente o dessaudoso Enderson Moreira? Invoco essa discussão para opinar diretamente sobre a polêmica de poupar ou não os jogadores do Sport na partida de hoje contra o Atlético MG. Poupar por que? Infringiram as 66 horas? Não! Pelo contrário. O Sport saiu de campo contra o Avaí antes das 23h30 do sábado. Voltará a atuar às 20h desta quarta-feira. Portanto, 92h30 após a última partida. É muito pantim, velho. Claro que existem casos específicos. Um jogador com mais de 35 anos. Outro que está voltando de contusão. Ou até mesmo aquele em que a propalada máquina do C.K. (que nem sempre acerta) acuse alguma fadiga muscular que possa sofrer uma ruptura ou estiramento de consequências posteriores, afastando o atleta de jogos subsequentes. Mas são exceções. Ademais, pergunta pro jogador se ele quer sair do time. Se ele quer ser poupado. Duvido!! Jogador gosta de jogar. Detesta treinar. E ficar de fora de uma partida dessa contra o Atlético MG ou sair da equipe no jogo de domingo diante do Fortaleza, somente sob tortura. Com a Série A parada, o Brasil estará em frente a TV assistindo a essas decisões. E tu vai ficar de fora? Conversa pra boi dormir. Bota o time titular hoje e domingo, Soso! E não me venham com chorumelas…

Acredita, Petrolina!
Refiro-me não só ao time ou ao clube. Reporto-me à cidade. À população petrolinense. Deixa o Flamengo pra lá. Cuide do que é seu, conterrâneo são franciscano. Aproveite a vitória, a esperança de classificação renovada, e apoie, incondicionalmente, o seu time, sertanejo caba de peia!

O vacilo de Roberto
No jogo do Sport sábado na Arena, lembrei-me da bobeira que deu o treinador Roberto Cavalo na inesquecível derrota  do Náutico para o Grêmio em 2005. O Sport, inferiorizado de DOIS jogadores, não suportou a pressão do Avaí. Há 19 anos, critico Cavalo por não ter alertado os jogadores alvirrubros para um plano B, caso Ademar viesse a perder o pênalti. O Náutico teria quase 15 minutos pra fazer um  gol num adversário com QUATRO jogadores a menos. E teria feito. Nunca perdoei Roberto Cavalo por esse terrível e custoso vacilo que marcou o futebol pernambucano.

Parou por que?
A paralisação da Série A foi um erro. Em nada beneficiou as vítimas das enchentes no Rio Grande. Pelo contrário. Seriam arrecadados alguns milhões de reais (5% da renda de cada um dos jogos) destinados aos gaúchos. Opinião compartilhada por ninguém menos que Paulo Roberto Falcão, falando sobre o assunto no Craque CBN do domingo 12/05.

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