Acredito ser a primeira vez que escrevo essa expressão no plural. Dois jogadores passarem pela mesma situação no mesmo jogo é no mínimo improvável. Mas aconteceu. O Sport fazia uma partida relativamente controlada diante do Avaí. Se não tinha a intensidade ou o volume de outros jogos, pelo menos não sofria nenhuma situação real de perigo advinda dos avaianos. Tudo ia bem até os 31 minutos do 1o tempo. É quando Alan Ruiz, até então o herói do jogo por ter feito 1x0, se desentende com Pagnussat e ambos levam o amarelo. 68 segundos depois, o meia rubro-negro “deixa” um braço desnecessário na nuca do mesmo Pagnussat. Toma o 2o amarelo e é expulso. Ainda assim, o jogo segue equilibrado. O Sport até melhora. Soso não altera o time. Etapa complementar. O segundo vilão entra em ação. Zé Roberto vai pro jogo aos 9 minutos, aplaudido pela torcida. Apesar de considerá-lo um integrante dos “14 titulares”, o estilo, o jeito de Zé Roberto nunca me agradou. Já falei sobre isso aqui. Ele é lento e pesado. Não me recordo de um centroavante com essas características ter dado certo no Sport. Aliás, nem no Náutico ou Santa Cruz. Centroavante aqui é raça e velocidade. Pois bem, Zé com 18 minutos em campo adianta a bola, dá um carrinho estúpido, desnecessário e é expulso. Nesse momento, o Sport começa a perder o jogo. Com duas linhas de quatro, se defendendo como num pebolim, os rubro-negros dentro de campo “se matam” se entregam à causa feito leões, mas não suportam a carga. Havia dois leões a mais do outro lado. Garcêz de cabeça e Jean Lucas num chute seco de fora da área decretam a virada. Mas a torcida aplaude. Grita Sportêeee. Um justo reconhecimento por uma derrota que acontece não por erros do time ou do treinador. Mas por duas atitudes irresponsáveis. Duas ações desinteligentes de Allan Ruiz e Zé Roberto. O futebol não permite deslizes…
O prazo acabou!
Mazola pediu, após o empate contra o São Bernardo no dia 21 de abril, três semanas para implementar o seu padrão de jogo no time do Náutico. O prazo acabou! Por incrível que pareça o time involuiu. A Lei de Murphy imperou. “Nada está tão ruim que não possa piorar”… Piorou! A última cena que marcou Allan Aal nos Aflitos foi aquela discussão acirrada entre ele e Marcos Jr diante de todos na área limítrofe do banco de reservas. Lembram? Até isso acabou. Não há mais discussão porque não há irritação dos jogadores. Inconformismo pela derrota ou pelo mau futebol. O Náutico perdeu para o Volta Redonda como se estivesse disputando um jogo-treino. Passivo, inerte. Fosse aqui, teria saído de campo sob o côro de “time sem vergonha”. O pior é que ninguém grita no clube. Era pro grupo ter tomado um esporro do treinador. Era pro treinador ter levado uma dura, um ultimato da Direção. Era pra Direção ser chamada à atenção pela Presidência. E nada disso aconteceu. Indigne-se, Presidente! Não aceite essa situação. Mude enquanto há tempo. Leve pra dentro do clube gente que entenda efetivamente de futebol. Convoque os grandes alvirrubros. Peça, humidamente, conselhos, sugestões de quem já passou por isso reiteradas vezes. Ouça, amadureça e tome as suas decisões. Defina a hierarquia do seu Departamento de futebol . Quem manda em quem. Estipule metas e cobre os resultados. Quanto ao treinador… Não perca mais tempo. Dez vezes um Roberto Fernandes gritando, sofrendo, revoltando-se com uma derrota, a um treinador passivo que masca chiclete, não toma atitude e solta frases de efeito após as derrotas.
Acredita, Petrolina!
Refiro-me não só ao time ou ao clube. Reporto-me à cidade. À população petrolinense. Deixa o Flamengo pra lá. Cuide do que é seu, conterrâneo franciscano. Aproveite a vitória, e esperança de classificação renovada e apoie, incondicionalmente, o seu time, sertanejo caba de peia!
