Sport precisa ser assertivo em busca de contratações (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Análises imprecisas
Departamentos de desempenho. Analista de mercado. Análise de dados. Scouts. Softwares. Nunca o futebol usou e abusou tanto destas palavras. Em todos os clubes pelo Mundo temos profissionais que trabalham nos bastidores, na procura pelo jogador ideal, por um preço bem interessante. O problema é que eles correm o risco de errar. Nem que seja um erro em dez reforços apresentados. Porém, é nesse erro que todos vão lembrar. São esses casos que podem derrubar um treinador, acabar com a chance de acesso de um clube ou colocar diretorias em situações vexatórias. No sábado passado vimos isso. Sport e América/MG vão empatando na Arena e, no último lance, aquele que define o jogo, o atacante Vini Faria, de frente para o gol, joga para fora. Um lance incrível e que vem carregado por situações que todos conhecem: o atacante chegou sem expectativa, não é titular, não caiu no gosto da torcida e, quando teve a bola da partida, quando poderia ter traçado um novo rumo no clube, perdeu a chance. E não foi a primeira. Choveram críticas. Da torcida e da imprensa, por não ter uma explicação lógica desta contratação. "Temos boas indicações", "os números são positivos", "jogador que faz o fundo, tem boa assistência e também marca" são as respostas de quem assinou a vinda dele. E aí, de quem é a culpa: do atleta, que não consegue enxerga as críticas, ou dos dirigentes, que nunca vão admitir a responsabilidade na contratação? Aqui, volto para o início da minha coluna. Os tais analistas também erram. E muitas vezes, os equívocos acontecem justamente em análises imprecisas. Agora, é esperar que as próximas contratações nesta janela possam corrigir alguns problemas no Leão. Para não colocar em risco um acesso que, mais uma vez, muitos estavam dando como certo.
“O problema de se ter um jogador ruim no elenco é que um dia você vai precisar dele”, frase do ex-técnico Evaristo de Macedo. Frase que deveria ficar estampada nas salas de todos os dirigentes do futebol brasileiro. Lição gratuita de um dos maiores jogadores já revelados no futebol brasileiro e que foi um grande treinador.
Chama Guardiola!
Espanha conquistou, com méritos, o título da Eurocopa, passando por Alemanha, Itália e França. Por outro lado, a Inglaterra não levanta uma taça desde a Copa de 1966. Vai para o risco, Federação Inglesa. Chama Pep Guardiola para assumir agora, antes do Mundial. Tem um bom grupo de jogadores, mas o técnico Gareth Southgate, no cargo desde 2016, não consegue fazer essa seleção jogar bem. Não se pode desperdiçar o talento de uma boa geração por conta de um treinador mediano. Chama Guardiola!
Reis da América
A América é da Argentina. Messi e cia podem não ter jogado um grande futebol em toda competição, mas tem craques. É a geração mais vitoriosa do futebol argentino. São 16 taças, o maior campeão da Copa América. E lembrar que a falha de Renan Lodi, na decisão da Copa América de 2021, aqui no Brasil, abriu o caminho para os “Hermanos” se tornarem os Reis da América e do Mundo. Chega forte para 2026.