Esportes DP

COLUNA

Léo Medrado: 'Do céu ao inferno: Impressionante a mudança de postura do Náutico'

Se nos jogos contra o Confiança e Athletic o time cresceu no segundo tempo, ontem aconteceu rigorosamente o inverso

postado em 01/08/2024 10:31

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP Foto)</i>

Do céu ao inferno
Impressionante a mudança. Um sólido primeiro tempo. Um futebol de atitude. Intenso e impositivo. Sem falhas.  O time faz 1x0 com Paulo Sérgio finalizando um escanteio de Maia. A bola desvia em Fernando e mata o goleiro Allan. O Ypiranga tem apenas uma finalização num chute de Fabrício, que Deyvit desvia pra escanteio com um leve toque. No intervalo, alertei na CBN que Pivetti tinha que falar pros jogadores que o placar “estava 0x0”. Ou seja, a atitude tinha que ser mantida e a atenção deveria ser redobrada. Com um minuto e meio, Zé Vitor empata entre quatro jogadores alvirrubros. Ludke e Iran vacilam e ele empurra pro gol. Silêncio no estádio. Pivetti demora pra mudar. E leva o segundo gol. Uchoa sobe entre Ludke e Paulo Sérgio. Deyvit falha e não intercepta uma bola defensável. As mudanças acontecem. O Náutico joga com três formações táticas diferentes. Apesar do desentrosamento e desespero, o time alvirrubro perde três chances, duas com Paulo Sérgio e uma com Felipe Ferreira. Allan faz boas intervenções. A partir daí, pouco foi criado. Se nos jogos contra o Confiança e Athletic o time cresceu no segundo tempo, ontem aconteceu rigorosamente o inverso.

Como fica…
Em princípio, quatro vitórias. 30 pontos. Tem que vencer CSA, Botafogo PB, Ferroviário CE. Chegar  a 27. Existe uma remota possibilidade de se classificar com 28. Então, ganha essas três pra saber se precisará vencer ou empatar em Londrina. Complicado assim!

Lucas Lima
Ontem travei um grande bate-boca com meu amigo Lúcio Surubim. O Traíra Mor cobrou gols do meia Lucas Lima. Pela disposição tática armada pelo treinador Mariano Soso, essa não era a principal função do meia. Lucas, desde que voltou pra Ilha, foi sempre o responsável pelas assistências do time. Distribuiu passes açucarados pra Pedro Lima, Fabrício, Gustavo, Felipinho e Romarinho. Lucas deve arriscar mais. Chutar mais em gol. Ser um pouco mais “fominha”. Mas ele não é um Ponta-de-lança. Essa função não existe mais. Nem na Seleção Brasileira. Ou vocês acreditam que Paquetá seja esse cara? Não à toa, Neymar será escalado nessa função. Não existem mais Zico, Dinamite, Baiano. Meias agudos. E também, é o seguinte, amigo: Barletta, Lobato, Zé Roberto, Gustavo, Tití Ortiz e Romarinho. São seis atacantes. Apenas Zé marcou dois gols. O ataque não coloca a bola pra dentro… e a culpa é de Lucas Lima?

Que país olímpico é esse?
Ginástica, Canoagem e Surfe?! Como assim? Nossas chances de medalha em Paris advém de esportes sem bola?? Pois é! Isaquias, Rebecca e Medina são as principais apostas brasileiras pro Ouro Olímpico. A bola foi trocada por uma canoa, uma prancha e aparelhos. A gente parado, emocionando-se em frente à TV pra assistir à essas modalidades sem a menor tradição no país. É…os tempos mudaram.

Tags: mudança tecnico pivetti bruno rendimento queda nautico medrado leo coluna