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COLUNA

Beto Lago: 'Retrospectiva de Náutico e Santa Cruz'

A temporada 2024 foi repleta de desafios para Santa Cruz e Náutico, em um ano de frustrações e resultados aquém das expectativas

postado em 25/12/2024 14:00 / atualizado em 25/12/2024 14:00

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP FOTO)</i>
Desafios
A temporada 2024 foi repleta de desafios para Santa Cruz e Náutico, em um ano de frustrações e resultados aquém das expectativas. Ambos estão em um impasse que exige ações decisivas para reverter a situação atual. A necessidade de uma gestão mais eficiente e a busca por inovações são fundamentais para que possam voltar a brilhar no cenário do futebol brasileiro.
 
O ano do Santa Cruz
Para o Santa Cruz, o grande objetivo era conquistar uma vaga na Série D de 2025, alcançado após uma vitória contra o Central nas quartas. Entretanto, o caminho não foi fácil. O clube enfrentou um calendário reduzido e viu suas esperanças se esvaírem ao ser eliminado na primeira pré-Copa do Nordeste pelo Altos/PI, em uma disputa de pênaltis que terminou em 11x10. No Pernambucano, o Tricolor teve a chance de se classificar na semifinal contra o Sport, mas um empate injusto em 1x1 no primeiro jogo e uma derrota nas penalidades no segundo jogo resultaram na eliminação. Embora o objetivo de garantir a presença na Série D tenha sido alcançado, a inatividade prolongada teve um impacto negativo nas finanças do clube, reforçando a necessidade urgente de uma reestruturação. Diante desse cenário, a chegada de uma SAF se mostra como uma alternativa essencial para revitalizar o clube.
 
A temporada do Náutico
A temporada do Náutico foi marcada por desempenho abaixo do esperado. Com 42 jogos em três competições oficiais, o clube teve um ano menos produtivo em comparação a 2023, que contou com quatro competições. O planejamento deficiente e contratações inadequadas, de jogadores e treinadores, foram determinantes para o insucesso. Apesar de ter chegado à final do Estadual, superando o Retrô na semifinal com dificuldades, o Timbu foi derrotado pelo Sport, com um resultado de 2x0 em casa no primeiro jogo que praticamente selou seu destino. Na Copa do Nordeste, o Náutico avançou na fase de grupos, mas foi eliminado nas quartas de final em uma goleada para o Bahia. As expectativas se voltaram para a Série C, mas outra decepção, resultando em mais uma participação em 2025 na Terceirona. O clube enfrenta um cenário desafiador e clama por mudanças estruturais, e a SAF é a solução mais viável. Desde que feita com total transparência para que todos os torcedores possam conhecer o que virá pela frente. Deixar apenas para mostrar no período de votação não é nada salutar.
 
Dinheiro no cofre
Uma boa notícia para o Náutico é que esse imbróglio com a Arena de Pernambuco pode estar chegando bem próximo do seu final. Depois do desembargador federal Francisco Roberto Machado determina a penhora e transferência de mais de R$ 20 milhões, recolhidos em juízo, a expectativa é que esse dinheiro pode cair nos cofres alvirrubros logo após o recesso do judiciário, dia 7 de janeiro. Com esta grana, o clube irá acelerar (e muito) seu plano de pagamento dos credores da recuperação judicial.

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