Nunca fui fã dessa atual fórmula de disputa das Séries A e B. São mais justas, porém não há uma partida final decisiva para o título, com duas torcidas presentes e uma delas comemorando o título ao ao término do jogo. Mas de vez em quando surgem situações interessantes na disputa pelas vagas da Libertadores e na briga pela fuga do rebaixamento. Antes dos jogos da rodada final de ontem, por exemplo, existia o seguinte cenário: O que seria mais Trágico?
O Atlético-Mg rebaixado depois de jogar as duas finais (Copa do Brasil e Libertadores), o Fluminense sendo rebaixado um ano após ganhar a libertadores e jogando o super mundial na série B ou o Athletico-PR sendo rebaixado no ano de seu centenário? É certo que não havia frisson na disputa pelo título porque uma única certeza era clara pra todos: O São Paulo JAMAIS venceria o Botafogo abrindo as portas prum título do Palmeiras. Aí, diante dessa convicção, o Brasil parou em frente às… TVs! Isso mesmo. TVs, no plural. O controle remoto descarregou de tanto ser acionado. No final, título (merecido) do Botafogo e Athletico rebaixado.
Yuri no Traíras
O atual presidente do Sport explicou no programa de sexta porque mudou de ideia e saiu candidato à reeleição. Yuri havia dito numa reunião pós jogo contra o Guarani, na qual participaram 14 pessoas que, em função do desgaste que o cargo exige, não se candidataria. Segundo Romão, no almoço da segunda-feira pós acesso sobre o Santos, a família interveio pedindo que ele continuasse, atendendo a um pedido da diretoria. Segundo Yuri, se ele nao entrasse na disputa o seu grupo “racharia”, pois não haveria consenso quanto ao nome do vice José Roberto Moura, lançado pelas lideranças rubro-negras na citada reunião pós Guarani.
Batalha jurídica à vista
Num relatório de 20 páginas, a Comissão Eleitoral do Sport Clube do Recife aprovou a candidatura de Yuri Romão à presidência para o biênio 2025/26. Horas depois, o Departamento Jurídico da chapa encabeçada por Rafael Arruda, publicou um nota repudiando a decisão. E prometeu “tomar TODAS as medidas necessárias para manter o respeito ao estatuto do clube”. Sinceramente espero que todo o imbróglio seja resolvido até o dia 16, data da eleição. Seria terrível para os objetivos do clube que essa disputa político/jurídica invadisse 2025…
Semana de expectativas
Além dos bastidores políticos da Ilha, a semana promete. Proposta para SAF do Náutico sendo analisada, amistoso (ou jogo-treino) do Santa no CT Ninho das Cobras na quarta e o reencontro diante do CSA no domingo com sintomas de revanche. O tricolor perdeu no sábado por 1x0. Meteu duas bolas na trave mas sofreu um pênalti (Rockenedy pegou) e levou o gol de Cachoeira aos 39 do 2o tempo.
A discrepância das divisões
Adethson Leite apresentou ontem na CBN números que assustam pela absurda diferença existente entre as divisões do futebol nacional. A média de público nos jogos disputados na Série A foi de 26.000 torcedores por jogo. Na Série B, despenca pra três vezes menos: 7.544. Na C cai pra metade da B: 3.602. E na D cai pra metade da C: 1.164. E na arrecadação? Na primeira divisão a média final foi de 1,3 milhão por jogo. Na segunda…162 mil. É ou não é uma margem de diferença estarrecedora?
