Náutico buscará um 2025 com maior sucesso esportivo em relação ao ano anterior (Foto: Rafael Vieira / DP Foto)
RETROSPECTIVA 2024
Quando voltar a escrever pra vocês já estaremos em 2025. Aproveito o espaço, então, para iniciar a retrospectiva do que se passou no ano que está indo embora. Hoje, o 2024 de Náutico e Santa. Na quarta, como foi o ano para Sport e Retrô. Combinado?
Náutico: frustração e aprendizado
Ano de muitos erros. O clube começa mal na gestão de Bruno Becker. O Presidente monta equivocadamente a estrutura do Depto de Futebol. Convoca três abnegados que produzem muito pouco. Faltam experiência, vivência, “cabelo branco” pra tomar as medidas corretas. Entre os remunerados, Rodolpho Moreira perde espaço e vira Supervisor. Léo Franco assume a Gerência e pouco evolui. Betão é contratado. Ex-capitão do Corinthians. “O Cara chegou”, pensamos nós. Ledo engano. Bet%u0101o esquiva-se do cargo e diz que veio pra ser um elo entre os departamentos. Nada faz de positivo. Intromete-se no futebol mas em nenhum momento assume suas atitudes. E só atrapalha. A pergunta que não quer calar, ecoa nos Aflitos. Afinal, quem manda no futebol alvirrubro? Com a estrutura mal montada, os erros vão se sucedendo. A contratação dos refugos do Sport, Leandro Barcia, Thiago Lopes e Ray Vanegas. A vinda de Maticoli e Islan, componentes do Novo Hamburgo, a defesa mais vazada do campeonato gaúcho. E o erro mais grave. A “pá de cal”. A contratação de Mazola Jr. Sem noção sobre o tamanho do CNC, perde pra São José (o lanterna), Volta Redonda e Floresta (nos Aflitos). E declara que o Náutico não “passou vergonha”. Como faria falta um pontinho desses, ao final. No cômputo geral, o time alvirrubro sai nas quartas da Copa do Nordeste perdendo para o Bahia (3x0). Na semifinal do Pernambucano, após ser dominado pelo Retrô no tempo normal, mas consegue a classificação nos pênaltis. Na final, cai nos Aflitos para o Sport, perdendo por 2x0, escancarando um sério problema: goleiros e zagueiros extremamente deficitários. Série C! O objetivo principal. A hora da onça beber água. Os erros, acima citados, cometidos desde o início do anos, afloram. A equipe sucumbe e, pelo segundo ano consecutivo, para na primeira fase. Fica a há um ponto de passar de fase. De positivo, a experiência e o aprendizado. Tomara que Becker & Cia tenham compreendido as lições e amadurecido quanto aos equívocos que não devem se repetir em 2025…
Santa: um ano de três meses
Um elenco é montado às pressas. Itamar Schulle volta ao clube. O jovem Francisco Sales é contratado pra ser gerente de campo e termina virando executivo, após a recusa de alguns nomes. Danny Moraes, o mais cotado, resolve seguir comentando futebol (muito bem, por sinal) na Globo. Itamar e Francisco, então, tocam o barco. Ouvem uns “trocentos nãos” mas conseguem formatar um plantel e encaixar uma equipe competitiva. O Santa abre o ano com um dolorosa desclassificação na Copa do Nordeste. Faz 2x0 contra o Altos, lá no Piauí, mas cede o empate, com direito a uma falha gritante do goleiro André Luis, no gol de empate. E após sequência interminável de pênaltis, o tricolor é eliminado. Começa o Pernambucano. Schulle, Sales e Cia, chegam às semifinais e batem a principal meta: voltar às competições nacionais. Porém, caem nas semifinais, apesar de terem jogado melhor que o Sport, na primeira partida, no Arruda. E somente nos pênaltis, a equipe coral perde a classificação pras finais. Melhor que a performance dentro de campo, todavia, foi o desempenho administrativo de Bruno Rodrigues. Num ano com nove meses de inatividade, manteve os salários em dia e devolveu a credibilidade ao clube, que sofreu menos para remontar o elenco pro ano que vem. De negativo, a morosidade na recuperação do estádio, o que causou transtornos na pré-temporada, visando 2025. Diante das inúmeras dificuldades, foi um ano defensável para o clube e uma competente atuação dos homens que trabalharam no trimestre de futebol coral.