Mesmo diante da decisão judicial que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, optou por manter seu apoio ao dirigente. A medida do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que aponta indícios de irregularidades no processo eleitoral da CBF, gerou forte repercussão nos bastidores do futebol nacional.
A medida judicial foi tomada com base em suspeitas de falsificação de assinatura no processo eleitoral que levou Ednaldo à presidência da CBF, envolvendo o nome do ex-presidente da entidade, Coronel Nunes. Em resposta, a CBF já ingressou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de reverter a decisão.
Apesar da crise, Evandro Carvalho decidiu não aderir ao manifesto assinado por 19 das 27 federações estaduais, que pede novas eleições para a presidência da CBF sem a participação de Ednaldo Rodrigues. Intitulado “Manifesto pela Estabilidade, Renovação e Descentralização do Futebol Brasileiro”, o documento marca um movimento de ruptura dentro da estrutura do futebol nacional.
Em entrevista a reportagem do DP Esportes, Evandro Carvalho justificou sua posição. “Não tinha razão para assinar, sempre tive lado, não mudo ao sabor dos ventos. Acredito na revogação via STF. Se não ocorrer, verei como e onde me posicionar”, explicou
O dirigente pernambucano também afirmou que já havia previsão interna sobre uma possível movimentação judicial contra Ednaldo Rodrigues. “Tínhamos conhecimento da possibilidade e sabíamos como responder. Já ingressamos no STF e esperamos reverter”, destacou.
Enquanto isso, os bastidores seguem movimentados, com articulações políticas intensas por parte de aliados e opositores de Ednaldo Rodrigues. Caso o STF não reverta o afastamento, a convocação para novas eleições se tornará inevitável, redesenhando o cenário da administração do futebol brasileiro.
