Para piorar a enxaqueca de Hélio, o vice-artilheiro do Timbu na temporada está em processo de recuperação após ser diagnosticado com uma lesão grau dois na coxa, sem previsão de retorno.
Tendo isso em vista, as opções do comandante alvirrubro limitam o esquema tático; sem a possibilidade de um centroavante de ofício, com as características físicas e temperamentais de Kieza e Paiva, convergentes às ideias do treinador mineiro. Com isso, a reportagem do Diario de Pernambuco realizou um levantamento dos atletas que podem suprir as ausências dos voluntariosos centroavantes que desfalcam o Náutico diante do Confiança, na próxima segunda-feira, às 20h, no Estádio Batistão, em Aracaju.
ÁLVARO
Liberado pela equipe médica do Náutico um mês após sofrer uma lesão no ligamento do joelho no empate sem gols diante do Vitória, em novembro, Álvaro, embora atue preferencialmente pelos flancos do ataque alvirrubro, tem condições físicas de realizar, com mais mobilidade, o papel do centroavante. O retorno do jogador de 23 anos é um alívio para Hélio dos Anjos, que pode aproveitar a estatura acima da média de Álvaro para reforçar um dos pontos fortes do elenco alvirrubro, jogadas aéreas - que equivalem a 21% dos gols do time na Série B. Com isso, a substituição de Kieza pelo camisa 7 é a mais conservadora dentre as possibilidades do treinador.
VINÍCIUS
De volta ao país após uma temporada no futebol grego, Vinícius é outra opção pelo porte físico disponível no elenco alvirrubro. Segundo atacante mais alto do elenco, embora também atue pelas pontas, demonstrou ter características confluentes à proposta de jogo ofensiva de Hélio dos Anjos. Seu espírito lutador e o alto teor de finalizações por partida, especialmente à longas distâncias, podem ajudar o comandante alvirrubro a adaptá-lo na posição mais carente do elenco. A opção pelo atleta pode ser mesclada com o avanço de algum jogador do setor criativo à posição de falso nove, uma proposta ousada e incompatível com o perfil do técnico.
JEAN CARLOS
Com as opções criativas no meio-campo, como os recém-chegados Antonio Bustamante e Renan Foguinho, o camisa 10 do Timbu pode ser posicionado um pouco mais à frente, entre as linhas ofensiva e central, e fazer o papel de um falso nove. Além do bom porte físico, o atleta de 28 anos já demonstrou repertório para jogar de costas à meta adversária, entregar bons passes para os companheiros que jogam nas pontas e finalizar à longa distância - dos seis gols marcados pelo meia nesta Série B, quatro foram de fora da área. A mudança, porém, exige muita cautela do conservador Hélio dos Anjos, que deve optar pelo mesmo esquema tático das outras partidas, o 4-2-3-1 com muita movimentação nos lados e uma referência na cabeça de área.
ESQUEMAS TÁTICOS
O utilizado 4-2-3-1 de Hélio dos Anjos não deve sofrer mudanças. Porém, sem uma referência no ataque, o treinador alvirrubro poderá optar por uma dupla no terço final: Vinícius (Álvaro) e Jean Carlos. O possível 4-4-2 com os fortes jogadores pode ajudar o Timbu a ocupar ainda mais a área adversária, algo importante para reforçar um dos fatores que mais rende gols à equipe do Recife: jogadas aéreas. Após escanteios ou bolas cruzadas pela linha de fundo, o Náutico anotou seis dos 28 gols com finalizações de cabeça. Tanto a presença de Vinícius como a de Álvaro suprindo a ausência de Kieza aumentará a média de altura do ataque e pode facilitar jogadas desse tipo.
