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COLUNA - LÉO MEDRADO

'Chega de erros, Náutico! A sequência de atitudes equivocadas impressiona'

o principal erro, dentre todos, está na configuração do Departamento de Futebol

postado em 12/06/2024 08:47 / atualizado em 12/06/2024 08:56

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP)</i>

Chega de erros
São muitos e vêm de todos os lados. Impressionante o que está acontecendo com o Náutico. A sequência de atitudes equivocadas impressiona. A formação do elenco sem critério de prioridades. O grupo carente de ponteiros e zagueiros… e tome a contratar volantes. As opções pelos refugos do Sport: Bárcia, Vanegas e Tiago Lopes. A demora na demissão de Aal. Os doze nomes sondados após a saída dele em menos de 72 horas. A contratação equivocada de Mazola. A demora pra demissão de Mazola. A volta do tiroteio desenfreado para substituí-lo.

Dois dirigentes rejeitaram o nome de Roberto Fernandes. E aí começa a lista com perfil radicalmente heterogêneo. Eduardo Barroca, Paulinho Kobayashi, Lisca, Marquinhos Santos, Ney Franco, Guto Ferreira… Bruno Pivetti! Pivetti comandou o Náutico por dois jogos, não venceu, o São Bernardo e foi embora. Qual o critério utilizado pra procurá-lo? Sinceramente, não dá pra entender.

Mas o principal erro, dentre todos, está na configuração do Depto de Futebol. Não pararei de perguntar até que alguém responda de maneira clara e detalhada: Quem comanda o futebol do Náutico? De quem é a palavra final?
 
 
Ordem na casa

A vitória do Retrô sobre o Jacuipense trouxe a tranquilidade de volta pra Schulle e Cia. O time ficou em terceiro ao término dos  jogos de ida do grupo. Os jogadores estão fechados com Schulle mas estava faltando essa vitoria pra exorcizar qualquer possibilidade de mudança na comissão técnica. Uma nova vitória, sobre o mesmo Jacuipense hoje à tarde, poderá embalar de vez a equipe pernambucana

Invisíveis observadores

Eles estão nos subúrbios recifenses. Espalhados. Camuflados. E são muitos! A informação de Dado Cavalcanti ontem no Craque CBN, chamou-nos a atenção. Olheiros de vários times do país permeiam os nossos campos de várzea. E são profissionais bem remunerados pra isso. Segundo Dado, o Bahia remunera mais olheiros por aqui do que os nossos próprios clubes. Presidentes: abram o olho! Estão garimpando no nosso minério…
 
 
Deixa o menino jogar

O Brasil joga hoje e a discussão em todos os debates esportivos gira em torno da titularidade de Endrick. Teorias bobas e infundadas de como proceder pra não “queimar” o garoto permeiam as mesas redondas. O que queima um garoto é a hesitação. É técnico inseguro que não confia no talento do craque. Não tem essa de ir colocando aos poucos. Lembrei-me do Santos de 2002. Uma equipe de garotos que surpreendeu o país. Emerson Leão bancou a meninada. O clube não tinha dinheiro e Leão foi trabalhando o grupo. Deu moral pros meninos. Marcou um amistoso contra o Corinthians. Meteu 3x1 nos comandados de Parreira. E a molecada ganhou moral. Um chocolate de Diego, Robinho e Cia. Os Meninos da Vila foram pro Brasileirão como azarão e ganharam o título. Não existe  QUANDO lançar um garoto. Existe COMO colocá-lo em campo. Tem que orientar o posicionamento sem tolher a liberdade. Aperfeiçoar os fundamentos. E, fundamentalmente, passar-lhe confiança. Lembro-me que Leão parou um treino para exigir que Robinho fosse pra cima do marcador. Endrick tem que jogar. O principal desafio de Dorival será encaixar Rodrygo e até Raphinha. Mas Vini e Endrick são titulares.

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