De acordo com Frutuoso, a multa corresponde ao valor de R$ 100 mil, podendo ainda ser maior, por conta de juros e correções. Porém esse pagamento, segundo Gallo, não pode ser feito antes de que ele receba alguns percentuais do clube.
“Primeiro, do Santa, eu espero receber pelos dias em que trabalhei. Os pagamentos, as passagens… precisamos fazer esse acerto de contas. Eu não recebi nenhuma situação deles. Mas, para pagar essa multa, eu preciso receber esse valor trabalhado. Como que eu posso pagar essa questão contratual se eu não recebi nada do acordo do trabalho?”, questionou o técnico, complementando que a resolução da situação está “nas mãos” da diretoria do Santa. “Depende deles. O meu advogado está esperando”, assegurou.
Outro lado da história
O vice-presidente do clube coral, André Frutuoso, classificou o posicionamento do ex-funcionário como “desinformação ou má-fé”, justificando que não poderá pagar um percentual correspondente aos 10 dias trabalhados por Gallo, se apenas o aviso prévio da saída ultrapassa o total.
“Para Gallo tá dizendo que não pagou a multa porque não recebeu o salário, ele tá muito desinformado ou falou de má-fé. Como vamos pagar o salário de quem trabalhou 10 dias, se só o aviso prévio, de quando vou fazer a rescisão, é um salário?”, disse. “Só o aviso prévio, que ele devia pagar, é de R$ 40 mil (salário proposto para Alexandre Gallo no Santa Cruz)”, completou.
Ressaltando que o Santa Cruz não tem nada em aberto com Alexandre Gallo, Frutuoso detalhou dois pagamentos que espera receber do treinador, sendo um por conta do aviso prévio e outro, referente a multa encaminhada à Justiça no último dia 24.
“Eu vou pagar esses 10 dias de trabalho de 40 mil, quando o proporcional daria, sei lá, 10 mil reais, se só o aviso é 40 (mil). O clube não tem o que pagar. Pelo contrário, ele é quem tem que pagar pelo aviso (prévio) e a multa, que pode ter juros e correção, a depender do tempo em que ele resolva pagar”, concluiu André Frutuoso.
