"Houve uma sentença de 500 mil reais (na época), mais um pensionamento. Nós recorremos. Nos dias de hoje, isso vale mais de um milhão. Mas ainda achamos que é pouco. Primeiro para penalizar os órgãos infratores e para reprimir as pessoas que cometem este tipo de delito. A CBF tem uma renda de bilhões. Isso seria um 'troco' para eles", disse o advogado Nicolas Coelho à reportagem.
A informação foi noticiada inicialmente pelo Blog do Jamildo e confirmada pelo Esportes DP com a Defesa da vítima. Além disso, saiu na edição do Diário Oficial, publicada nesta quarta-feira (31). O valor total é de R$ 1,2 milhões. Já a pensão, no valor de R$ 438 por mês, também será paga aos pais até a data em que Paulo completaria 65 anos. O valor será corrigido anualmente. Joelma Valdevino da Silva e José Paulo Gomes da Silva são os genitores da vítima.
Relembre o caso
De acordo com testemunhas, uma briga entre torcidas uniformizadas acontecia do lado de fora do estádio enquanto a bola rolava. Uma entre tantas outras registradas no futebol pernambucano. Pedras foram atiradas de todos lados até que a privada acabou sendo arremessada entre os portões 6 e 7 do Arruda, localizados na rua das Moças. A via é um dos principais acessos ao estádio.
A vítima, torcedora do Sport, por sua vez, estaria no Arruda para se juntar à torcida uniformizada do Paraná, facção aliada à organizada rubro-negra. Outros dois torcedores foram levados para Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) dos Torrões, Zona Oeste do Recife. Paulo, entretanto, foi o único que terminou em óbito.
As três pessoas que participaram do crime foram condenadas a mais de 20 anos de prisão por homicídio consumado, tendo suas penas aumentadas posteriormente. Waldir Firmo ficou com 29 anos e três meses; Luiz Cabral com 32 anos, quatro meses e 15 dias; e Everton Filipe Santiago com 37 anos, quatro meses e 15 dias.
