Caminho para o acesso
Nem mesmo os torcedores mais otimistas do Santa Cruz poderiam imaginar que, após a sétima rodada da Série D, o time lideraria a competição, invicto e com uma das melhores campanhas deste Brasileirão. A reestruturação promovida pela chegada da SAF precisava, evidentemente, refletir em campo. Sob o comando de Itamar Schülle, havia pouca perspectiva de evolução, mas a chegada de Marcelo Cabo, juntamente com alguns reforços de peso, trouxe um novo fôlego técnico e tático à equipe. É inegável que a Série D é um campeonato complicado. Muitas vezes, o líder da fase de grupos não consegue avançar no temido mata-mata. Neste momento, mais do que um time bem organizado, Cabo e a diretoria precisam contratar jogadores mais experientes – aqueles “cascudos” que conhecem as dificuldades de se jogar uma Quarta Divisão. Com a possibilidade de garantir a classificação antecipada, o Santa Cruz terá tempo durante a fase de grupos para aprimorar sua estratégia e evitar surpresas indesejadas, como o desempenho abaixo do esperado contra o Sousa. A Série D é repleta de desafios, mas o elenco tricolor parece ter o potencial para avançar sem grandes temores. O caminho é árduo, mas a equipe está bem posicionada para conquistar o acesso.
Custo alto
A realidade financeira da Série D é desafiadora. Para o jogo contra o Sousa, na cidade paraibana, o Santa Cruz recebeu da CBF a cota de apenas R$ 12 mil, enquanto, de acordo com o presidente Bruno Rodrigues, o custo da partida ultrapassou R$ 40 mil. O comentário foi feito durante o programa de Geraldo Freire, na CBN.
Tripé de Investimento
Sobre a SAF, Bruno Rodrigues reforçou que é a solução para os clubes brasileiros, incluindo o Santa Cruz, e que os processos seguem os prazos estabelecidos. Ele apontou que os investidores estão cientes de um tripé fundamental para o investimento: para cada série que o clube alcançar, para a valorização do patrimônio e para a quitação da Recuperação Judicial.
Mesada da CBF
Ainda no programa da CBN, o ex-presidente do Náutico e da FPF, Fred Oliveira, comentou que, em sua gestão, recebia mensalmente R$ 20 mil da CBF, valor suficiente para cobrir as despesas da entidade, como contas de luz, água e salários. Hoje, esse montante é dez vezes maior.
Lição de respeito e humildade
Destaque para a postura do CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, que não se limita a ser um gestor competente, mas sabe se comunicar de forma respeitosa com seus torcedores. Ele publicou um vídeo pedindo desculpas à torcida pela má fase da equipe, anunciando mudanças no elenco e expressando total apoio ao treinador Vojvoda. Sua mensagem de humildade e transparência serve como um exemplo valioso para os dirigentes pernambucanos.
