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SANTA CRUZ

Projeto da FPF e do Santa Cruz sugere transformar a Série D de 2023 em pontos corridos

Nesta semana, a FPF enviou um projeto à CBF sugerindo a mudança

postado em 26/08/2022 12:53 / atualizado em 26/08/2022 13:03

<i>(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)</i>
Atendendo um pedido do presidente Antônio Luiz Neto, do Santa Cruz, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) enviou, nesta semana, um projeto referente ao modelo de disputa da Série D à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No documento, a federação estadual, com amparo de outros clubes nordestinos, pretende transformar a atual fase eliminatória do torneio em pontos corridos. O motivo, segundo Evandro Carvalho, está nos últimos dois anos de disputa da competição. Neles, os clubes nordestinos foram, de acordo com o mandatário, ‘prejudicados’ pelo sistema de disputa.

“Nos últimos seis anos, nós, do Nordeste, atendendo os clubes, pedimos para fazer mata-mata. Porque para os clubes nordestinos, as estatísticas mostravam que eles se saíam melhor no mata-mata enfrentando os clubes do Sul e Sudeste. Tivemos um trabalho muito grande e ganhamos, por um voto, para implantar o mata-mata. Agora, devido aos últimos dois anos, quando o mata-mata foi desfavorável aos clubes nordestinos, o Santa Cruz me procurou e eu consultei os outros presidentes”. 

“Ainda não é maioria, mas há um grupo de clubes do Nordeste que pediu, em especial a mim, para que apresentássemos um pré-projeto que transforme o mata-mata em pontos corridos. Não muda a competição. Sendo que a fase de mata-mata será, no projeto, em pontos corridos. Então, é uma mudança que dependerá da aprovação do eixo Sul-Sudeste. Não é uma coisa que eu chegue lá e diga para mudar”, disse Evandro.

Coordenador de futebol do Santa Cruz, Zé Teodoro, em entrevista à Rádio Clube de Pernambuco, contou que enxerga positivamente a possibilidade de mudança na competição.

“Isso é ótimo, porque teremos calendário o ano inteiro. Acredito que é uma medida acertadíssima, nos moldes das Séries C, B e A. Acho que é isso que dará condições dos clubes terem, com o jogador, um planejamento melhor. (O mata-mata) é uma situação terrível, veja que saímos contra o Tocantinópolis que praticamente perdeu sua passagem à fase seguinte para o São Bernardo”. 

“O Retrô fez uma campanha que poderia estar brigando para subir. O Santa Cruz, que tem uma torcida apaixonada, também. Os pontos corridos você tem que montar um trabalho correto, de qualidade. Acredito que o caminho é esse para se ter um calendário com o clube trabalhando o ano inteiro”, concluiu. 

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