O próprio estatuto do Santa, aliás, já deixa a possibilidade bem clara no Artigo 74, que diz: “O Presidente do Executivo estará destituído do cargo automaticamente na hipótese de, não exercendo atividade político/partidária, vir a registrar candidatura a cargo eletivo para o Poder Legislativo ou para o Poder Executivo”.
Outra possibilidade, ainda de acordo com a apuração, é de novas eleições à presidência do clube das três cores Eleições essas que seriam indiretas, quando apenas os membros do Conselho Deliberativo têm direito a voto. A reportagem tentou contato com ALN, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Mesmo que Antônio vá à Câmara de Vereadores apenas em janeiro, a chance de vacância do cargo no Santa Cruz deve acontecer bem antes, para que o futuro presidente possa planejar o ano de 2023.
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A crise política em três atos
Ato I: A temporada 2022 do Santa Cruz teve requintes de crueldade para o torcedor. Após início de ano conturbado, o ex-presidente Joaquim Bezerra pegou todos de surpresa e renunciou ao cargo, em março. À época, alegou que vinha sofrendo ameaças e críticas exageradas sobre sua gestão. Depois da renúncia de Joaquim, o clube convocou novas eleições para a presidência. Na sequência, Antônio Luiz Neto assumiu o cargo pela 3ª vez - já havia sido o mandatário em 2011 e 2014 - sendo aclamado sem votação.
Ato II: Antônio Luiz Neto vinha tentando uma gestão, de certa forma, tranquila. Até que Marino Abreu, presidente do Conselho Deliberativo, deu fortes declarações ao Esportes DP contra o Executivo. Na ocasião, disse sofrer ameaças e estar impossibilitado de entrar no clube, exceto com a presença de seguranças. ALN negou as palavras de Marino, à época.
Ato final: A possível saída de Antônio Luiz fecharia a temporada com 'chave de ouro' no Arruda. Após ficar sem jogos até 2023 e o clube se afundou de vez na crise financeira. E o horizonte é cada vez mais sombrio. O pior: incerto.
