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SANTA CRUZ

Comissão da SAF terá até 120 dias para pesquisas e mostrar estudo no Santa Cruz

Membros estudarão casos já aplicados no futebol brasileiro, como Vasco, Botafogo e Cruzeiro, para avaliar a aplicabilidade ao Tricolor

postado em 16/09/2022 17:04 / atualizado em 16/09/2022 17:11

<i>(Foto: Paulo Paiva/DP Foto)</i>
Apontado pela torcida do Santa Cruz como uma das principais portas de saída da histórica crise financeira e administrativa do clube, o modelo de gestão de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem se tornado um tema cada vez mais recorrente no Arruda. Nesta semana, foi instituída uma comissão especial de conselheiros, que terá como missão o estudo de casos para avaliar se a aplicação é viável no caso do Tricolor.

Os titulares eleitos, Eduardo Cavalcanti, Fred Ribeiro, Lucas Valença, Anne Priscila Santos e Pedro Vilela terão um prazo de 90 dias, podendo ser prorrogados por mais 30. Período estabelecido com o intuito de não interferir nas atividades do futebol para a temporada 2023

“Foi feito um um cálculo desse prazo, com sugestão dos próprios membros, para se encerrar antes do início do Campeonato no Pernambucano do próximo ano, e que não venha a interferir no desenvolvimento da atividade do futebol. Foi feito esse prazo e já começou a valer”, destacou o presidente do Conselho Deliberativo, Marino Abreu, em entrevista à Rádio Clube de Pernambuco.

“A comissão deve entregar um relatório do que eles estudarem e apresentar ao Conselho, e nós encaminharmos ao Executivo. Para que qualquer decisão sobre a SAF tenha mais um relatório, que a decisão seja o mais embasada possível. Tenho escutado o Conselho, sendo escutado o Jurídico do próprio Executivo, os investidores e tudo mais, mas que tenha esse respaldo”, justificou Marino.

Os cinco membros estudarão os casos que já aplicados no futebol brasileiro, como Vasco, Botafogo e Cruzeiro. A partir desse levantamento, o clube deve avaliar a aplicabilidade da SAF no Arruda. “O Conselho, na verdade, tem o principal objetivo de estudar quais são os modelos aplicados no Brasil, por empresas, quais são as vantagens e as desvantagens, se é viável para o Santa Cruz, ou se não é interessante para o clube. Quais são os casos de sucesso? Quais são os casos de fracasso? Tudo para estudar, ver o que foi feito certo, ver o que foi feito errado pra não repetir. Se essa vontade se aplica ao Santa Cruz”, aponta o presidente do Conselho, seguindo a linha cautelosa adotada pelo presidente executivo, Antônio Luiz Neto sobre o tema.

“Querendo ou não, é uma lei muito nova e é uma lei que vinha sendo pouco debatida aqui. Até pra esclarecer ao torcedor o que é a SAF, e o que não é. Porque SAF pode ser constituída até mesmo sem ter um investidor. Mas mesmo assim interessar por trazer benefícios fiscais e para os débitos do clube. Então, isso pode ser uma alternativa.”

Ainda de acordo com Marino Abreu, até este fim de semana, a comissão deve definir as funções dos cinco membros instituídos. “Eles têm uma reunião até domingo para, inclusive, eleger o presidente da comissão. Eleger o relator, tudo feito internamente entre eles. A partir daí, eles decidem como vai ser a forma de trabalho. É uma coisa mais da comissão, e aí eu não interfiro”, apontou o presidente do Deliberativo coral.

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