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SANTA CRUZ

Investidor da SAF do Santa Cruz defende diálogo com organizadas: 'Não tem que banir'

Márcio Cadar defende diálogo em vez de banimento de organizadas

postado em 10/02/2025 09:35 / atualizado em 10/02/2025 09:36

<i>(Foto: Reprodução)</i>
Em meio à recente onda de violência envolvendo torcidas organizadas de Santa Cruz e Sport, que culminou em uma selvageria nas ruas do Recife, o debate sobre o papel dessas entidades no futebol pernambucano voltou à tona. Apesar da pressão pública para medidas mais rigorosas, o Tricolor do Arruda que está em processo de transformação para Sociedade Anônima do Futebol (SAF), adota uma postura diferente.

Um dos investidores do clube, Márcio Cadar, afirmou em entrevista à Band que “o caminho não é o rompimento, mas o diálogo”. Para ele, banir torcidas organizadas não resolve o problema da violência nos estádios.“Eu tenho uma utopia e uma missão de querer acabar com a violência no futebol. Quero conversar com as torcidas, entender qual é o problema e qual é a demanda”, declarou o empresário.

O investidor destacou que o processo de educação dos torcedores passa pelo diálogo direto. “Não acho que tem que banir torcida de estádio. Tem que educar a torcida. Esse processo de educação envolve sentar na mesa para conversar. Não adianta só romper”, afirmou.

Para o empresário mineiro, a tentativa de proibir torcidas organizadas seria ineficaz. “O torcedor organizado é um cara que coloca uma camisa com o nome da torcida e vai para o jogo. Se banir, ele vai tirar a camisa, vai para o jogo e vai virar torcida do mesmo jeito. Não existe esse negócio de banir torcida organizada. Você vai banir um nome, uma marca. Mas não vai banir o torcedor”, completou.

O investidor também rebateu críticas sobre possíveis doações a essas organizações. “Nenhum marginal precisa de doação para pegar um pedaço de pau e meter na cabeça de outro. Quando faço uma doação, como essa, é de boa fé. Eu deito a cabeça no travesseiro e durmo tranquilamente”, concluiu.

A declaração de Cadar contrasta com o posicionamento de outros clubes, que têm adotado medidas mais restritivas após episódios de violência, reacendendo o debate sobre a forma mais eficaz de lidar com o problema da segurança nos estádios.

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