Márcio Cadar deixa grupo de investidores da SAF do Santa Cruz (Foto: Reprodução)
De saída. O Santa Cruz oficializou, nesta segunda-feira (5), a saída do empresário mineiro Márcio Cadar – do grupo de investidores da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A informação inicialmente divulgada pelo GE foi confirmada pelo presidente tricolor, Bruno Rodrigues, que garantiu que a decisão não interfere na continuidade da negociação, atualmente em fase final de diligência jurídica.
Cadar, especialista em finanças estruturadas e ex-sócio da REAG Investimentos, era uma das figuras centrais na construção do modelo de negócio que prevê a aquisição de 90% das ações da SAF Coral. Mesmo com sua saída, o compromisso firmado pelo grupo permanece o mesmo: investir até R$ 1 bilhão no clube ao longo de 15 anos.
“O grupo de investidores tem um grupo inicial e, dentre eles, à época, definiram que o Márcio (Cadar) falaria pelo grupo. Nesse meio tempo, o grupo definiu, junto com o próprio Márcio, a sua saída tanto do grupo de investidores, quanto do grupo que vai tocar a SAF. Foi algo em comum acordo, não há nenhuma mudança no cronograma do investimento, nada que afete o andamento da SAF. Foi uma decisão interna dos investidores, que nós também aprovamos”, disse Bruno Rodrigues.
O grupo de investidores segue composto por Vinícius Diniz, Marcus Bittar, Iran Barbosa e Alexandre Kubitscheck, que continuam à frente da Cobra Coral Participações S/A — empresa com CNPJ já constituído para receber os aportes financeiros do futuro acordo.
Interação nas redes sociais
Desde que o projeto de transformação do Santa Cruz em SAF ganhou os holofotes, o empresário mineiro Márcio Cadar se tornou uma figura próxima da torcida tricolor. Responsável por articular boa parte da operação ao lado do grupo de investidores de Minas Gerais, Cadar também assumiu um papel de destaque fora dos bastidores: foi um dos principais porta-vozes da proposta nas redes sociais, sempre engajado com os torcedores e receptivo ao carinho vindo das arquibancadas.
A identificação foi tanta que Cadar acabou apelidado de “painho” pelos tricolores nas redes — um título simbólico para o investidor que, por meses, esteve entre os mais ativos no contato com a massa coral. A fase inicial da proposta foi marcada por grande euforia, vídeos de recepção calorosa, interações diretas e um clima de otimismo que dominou o ambiente digital do clube.
Empatar fora de casa é tipo café sem açúcar: não era bem o que a gente queria, mas também não dá pra reclamar tanto assim. Seguimos invictos e voltamos com 1 pontinho na bagagem!
No entanto, o cenário mudou. A oficialização da saída de Márcio Cadar ocorre em um momento de transição na comunicação. Com a diligência jurídica entrando na reta final e a formalização da SAF cada vez mais próxima, o clube e os demais empresários do grupo — agora liderados por Vinícius Diniz, Marcus Bittar, Iran Barbosa e Alexandre Kubitscheck — adotaram uma postura mais discreta. O silêncio passou a ser a nova estratégia de quem busca concluir a negociação com segurança.