
Nesta sexta-feira (3), o Sport em campo para encarar o Mirassol. Duelo em que apenas um resultado deixará o torcedor rubro-negro tranquilo para curtir o restante do feriado: a vitória. No clube, todo mundo só fala que “é decisão”. Porém, a torcida espera ver essa atitude dentro de campo. Em outras circunstâncias, o empate poderia ser um bom resultado. Para o Sport, não. Não duvido que a torcida viverá doses de emoção até a 38ª rodada. Este é o jogo que pode determinar a vida do Leão. Se não tiver atitude, sem espírito de campeão, fica mais um ano na Segundona. A rodada passada ajudou o Sport. A turma que estava próxima, que poderia tirar o clube do G4, tropeçou.
Porém, os times que tinham uma distância maior encostaram perigosamente. Hoje, o Sport soma 59 pontos e o Mirassol, nono colocado, tem 54. São seis clubes entre os dois nesta faixa da classificação. Tropeçando, adeus grupo de acesso, justamente quando ficariam faltando três rodadas. Mesmo com muitos problemas para escalar o time, Enderson Moreira teve tempo para buscar a melhor formação. E ainda mais, teve tempo para colocar na cabeça de cada jogador a importância deste jogo para o Sport dentro do Brasileiro. Como atletas profissionais, acredito que isso não seria necessário. Mas com jogos fora de casa tão displicentes, sem entusiasmo, sem garra, teria que ter palestras diárias sobre o significado deste acesso e o que representa isso para a torcida leonina.
Agressões
No embarque do Sport, membros de uma organizada hostilizaram Vagner Love. Não se pode admitir agressões gratuitas. E deste tipo, às vésperas de uma partida de tamanha importância, só trazem problemas para o próprio ambiente do time. O clube deveria ter blindado seus atletas no aeroporto, evitando até a divulgação do horário do voo. Porém, Love precisa se redimir junto aos verdadeiros torcedores. Basta voltar a fazer os gols, e principalmente, fazer um pedido de desculpas pelo pronunciamento que atingiu a torcida.
Bate-chapa
Diferente do que coloquei na coluna de terça, vamos ter bate-chapa na eleição do Santa Cruz. O próprio ex-presidente José Neves Filho fez questão de confirmar ao colunista que está firme a candidatura. O que espero é que as propostas e projetos sejam apresentados à torcida. Até agora, infelizmente, tem muita conversa nos bastidores e pela imprensa. Problemas não faltam no Santa Cruz: salários dos funcionários atrasados; sem elenco definido para a disputa da Pré-Copa do Nordeste; um déficit que pode ultrapassar a casa dos R$ 12 milhões; uma enorme possibilidade de falência por problemas com a Recuperação Judicial; sem falar na falta de calendário nacional em 2024, o que pode dificultar a vinda de investidores para a SAF.
Da noite para o dia
Por falar em eleições, vem sendo uma tarefa inglória para colunistas e setoristas dos clubes. Fecho a coluna, conto as histórias das eleições e, na manhã seguinte, tudo muda. Quem era candidato deixou e quem não era nada aparece como “salvador da pátria”. Náutico e Santa Cruz estão promovendo momentos de desesperos para os setoristas, com tantas combinações, arranjos e consensos fechados da noite para o dia.