Humilhante
Pior início do Sport na história do Brasileiro. Dois pontos conquistados em oito partidas realizadas. E essa humilhação veio com uma goleada do Cruzeiro, por 4x0, dentro da Ilha do Retiro. O primeiro tempo foi simplesmente horrível, e não posso deixar de questionar se as decisões do técnico António Oliveira (ou por sugestões absurdas?). Apesar de ter encarado dois treinos, o treinador surpreendeu nas escolhas e, honestamente, foram desastrosas. Colocar Matheus Alexandre na lateral direita, Du Queiroz na vaga de Zé Lucas e promover Carlos Alberto na linha de frente foram decisões que desconsideraram o desempenho atual dos jogadores. O placar de 3x0 ao final da primeira etapa foi, na verdade, um retrato otimista do que se viu em campo. O Cruzeiro, com total domínio no meio, passeou como quis, enquanto o sistema defensivo leonino praticamente não ofereceu resistência.
A única chance clara do Sport na primeira etapa foi com Pablo, aos 34 minutos, em grande defesa de Cássio, mas isso foi tudo o que o time conseguiu criar. No segundo tempo, António Oliveira promoveu alterações que nem deveria ter entrado, com as saídas de Matheus Alexandre e Carlos Alberto para as entradas de Hereda e Atencio, que pouco contribuíram. A falha de Rivera, que deixou Matheus Pereira livre para marcar o quarto gol, só aumentou o sofrimento dos torcedores que, até então, já viam suas esperanças esvaírem-se. As presenças de Zé Lucas e Romarinho trouxe breves momentos de apoio das arquibancadas, mas, no geral, a atmosfera mudou do desânimo para a indignação ao apito final. Atônita, a torcida rubro-negra está impressionada com essa equipe: sem intensidade, sem força, sem alma, sem garra, sem atitude, sem comprometimento. Sem futebol. E que, ontem, escreveu uma das derrotas mais humilhantes na história do clube dentro da Ilha do Retiro.
Fila da demissão
Confiança é uma qualidade essencial para qualquer ser humano. Permite que seu funcionário possa tomar decisões audaciosas e acreditar no seu potencial. Isso quando ele tem esse potencial. O problema é quando essa confiança se transforma em teimosia, com erros estratégicos que se multiplicam, comprometendo todo um planejamento. A lealdade a essa pessoa danosa beira ao rídiculo. Se eu entendo que não consigo resolver o problema, entrego o cargo. Se não enxergo isso (por viver agarrado a este “poder”), precisa a autoridade maior dar uma solução. Ele precisa entrar na fila... da demissão.
Esperanças e preocupações
A vitória era vital para o Náutico no Brasileiro, não só para aliviar a pressão interna e externa, mas para restaurar a esperança. Porém, o futebol do Timbu deixa muito a desejar. A briga pelo G8 ainda está distante, especialmente se não houver reforços significativos. Pelo menos seis contratações são necessárias para melhorar os três setores. E espero que o índice de acerto nas novas contratações seja superior ao que vimos nos últimos anos.
