Entre os pernambucanos, estreantes e veteranos. (Foto: Divulgação/Paralympics)
A saudade durou pouco. Há menos de um mês do fim da Olimpíada, nesta terça-feira se iniciam os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. E Pernambuco, como de costume, se fará presente. Entre os representantes brasileiros, doze pernambucanos - sendo nove paratletas - estarão na capital japonesa durante os 13 dias de evento, até 5 de setembro. A cerimônia de abertura acontece hoje, às 8h (horário de Brasília), no Estádio Nacional do Japão.
Na Terra do Sol Nascente, a bandeira de Pernambuco será carregada das piscinas às pistas. São, pelo menos, nove chances de medalha para o Brasil vindas de provas com pernambucanos em ação. Do interior à capital, o estado será representado por paratletas de cinco cidades diferentes. Natural do Recife, mas há 13 anos morando em Gravatá, Leylane Castro, aos 27 anos, faz a sua estreia em Paralimpíadas nos Jogos de Tóquio. No arremesso de peso, vislumbra a oportunidade de seguir fazendo história.
"É uma sensação muito boa de estar espelhando outras pessoas. A trajetória até aqui foi bastante cansativa, mas a gente segue porque queremos algo", disse Leylane. A paratleta, atual recordista das Américas e medalhista de prata no Parapan-2019 em Lima, no Peru, chega ao Japão entre as melhores do mundo na modalidade.
Junto a Leylane, mais dois pernambucanos estarão na pista do Estádio Nacional do Japão. Natural de Pesqueira, no Agreste do estado, Jeohsah Santos, aos 21 anos, irá competir no salto em altura. Ana Cláudia Silva, a Lalá, como é conhecida, briga por medalha em duas provas: salto em distância e cem metros rasos, a preferida da paratleta. O atletismo é a modalidade com maior número de representantes do estado em Tóquio.
Nas águas da capital japonesa, Maria Carolina Santiago e Phelipe Rodrigues, ambos naturais do Recife, estarão em ação. A nadadora, quatro vezes campeã dos Jogos Parapan-Americanos e dupla campeã mundial em natação de estilo livre, é uma das grandes chances de medalha para Pernambuco. E para Phelipe não é diferente. Medalhista olímpico em Pequim 2008, Londres 2012 e na Rio 2016, o nadador vai ao Japão podendo emplacar a quarta Palimpíada consecutiva subindo ao pódio.
Na bocha paralímpica, uma mescla entre a experiência e a juventude. Enquanto Evani Macedo, aos 31 anos, nascida em Garanhuns, carrega na bagagem o ouro paralímpico nos Jogos do Rio, em 2016, a recifense Andrezza Vitória, aos 20 anos, está começando a escrever a sua história. Com duas chances de medalha, a jovem pernambucana vai competir na modalidade individual e também em grupo.
Entre as modalidades com apenas um representante do estado estão o futebol de 5, com Raimundo Nonato, e o goalball, com Monaliza Lima. Campeão paralímpico e mundial, o paratleta, natural de Orocó, chega a Tóquio buscando sua terceira medalha em Jogos. Já a recifense Monaliza mira o seu primeiro pódio em Paralimpíadas.
Na comissão técnica, três nomes pernambucanos. São eles os treinadores Ismael Marques, no atletismo, Paulo Molitor, junto à equipe de tênis de mesa, e Poliana Cruz, na bocha paralímpica.
Os pernambucanos em Tóquio
Ana Cláudia Silva - Atletismo (100m rasos T42/63 e salto em distância T42/61/63)
Data de estreia:
2/09 (salto em distância) - 07h52 (Brasília)
4/09 (100m rasos/semi) - 23h (Brasília)
4/09 (100m rasos/final) - 09h24 (Brasília)
Jeohsah Santos - Atletismo (Salto em altura/T44)
Leylane Castro - Atletismo (Arremesso de peso F33)
Data de estreia: 03/09 - 22h (Brasília)
Maria Carolina Santiago - Natação (50m e 100m livres/100m costas/100m peito/Revezamento 4x100)
Data de estreia: 24/08 - 22h40 (Brasília)
Phelipe - Natação (50m e 100m livres/100m borboleta)