
Até chegar à final, Marley foi desbancar vários adversários pelo caminho. Logo na estreia derrotou o cazaque Bek Nurmaganbet, campeão asiático de 2019. Na sequência, o baiano emplacou vitórias unânimes (5 a 0) contra o coreano Hyeongkyu Kim nas oitavas, e contra o polonês Sebastian Viktozakdo, nas quartas. Na semi, já com o bronze garantido - não disputa de terceiro lugar na modalidade - o baiano despachou o o belga Victor Schelstraete, também por 5 a 0.
O jovem baiano vem acumulando resultados promissores nos últimos três anos. Conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americananos da Juventude, em Buenos Aires (Argentina), em 2018, e no ano seguinte faturou a prata no Pan-Americano de Lima (Peru). O pugilista também representou o Brasil em Tóquio 2020, mas foi eliminado nas quartas de final, por 3 a 2, britânico Benjamin Whittaker.
Com a prata conquistada por Marley nesta sexta (5), o Brasil chega a oito medalhas na disputa masculina em Mundiais (um ouro, duas pratas e cinco bronzes), e quatro na feminina (dois ouros e dois bronzes), em competições da Associação Internacional de Boxe Amardor (Aiba) . A primeira brasileira campeã mundial foi a peso-leve Roseli Feitosa, em 2010, e em 2019 foi a vez da peso leve Beatriz Ferreira colocar o ouro o peito. No masculino, o único campeão mundial até o momento é conterrâneo de Marley: Éverton Lopes faturou o título em 2011, na categoria até 64 kg (meio-médio ligeiro).