Embarcações saíram da Terra do Fogo, no Ushuaia (Patagônia), rumo ao Recife (Foto: Globe 40/Instagram)
Com previsão de chegada do primeiro barco para este domingo, a Globe 40 - La Grande Route, competição náutica que está dando a volta ao mundo, aporta no Recife para sua penúltima etapa. Está é a primeira vez que a prova é realizada, e a capital pernambucana preparou uma vasta programação desde a chegada até a partida dos barcos da Recife Marina, para Granada, no Caribe, no dia 5 de fevereiro, na sétima e última parada antes do cruzamento da linha de chegada em Lorient, na França, previsto para o mês de março.
A regata iniciou no dia 26 de junho do ano passado em Tânger, Marrocos, e no percurso também teve paradas no Cabo Verde (África), Ilhas Maurício (Oceano Índico), Auckland (Nova Zelândia), Papeete (Polinésia Francesa) e Ushuaia (Patagônia), de onde no último dia 08 de janeiro partiram as quatro embarcações que ainda seguem na disputa do título.
A Globe 40, regata de volta ao mundo de barcos da Classe 40 (aproximadamente 4 toneladas, 12 metros de comprimento e que podem atingir 30 nós de velocidade - cerca de 55 km/h), é uma travessia com 30 mil milhas náuticas (55 mil km), realizada durante nove meses e 140 dias. No momento, quatro embarcações ainda estão na disputa pelo título.
“Há três anos que estamos nesse projeto da primeira regata internacional aqui no Recife. E por que Recife? Pouca gente sabe, mas Recife é uma posição estratégica no mundo. Simplesmente os ventos levam os barcos para cá. Os barcos que saem da Europa, todos passam por aqui. Todos os barcos que descem ou sobem o Atlântico, obrigatoriamente passam na frente do Recife”, disse Yannick Ollivier, presidente da Federação Pernambucana de Vela (FPVela), em coletiva de apresentação da Globe 40, no Cabanga Iate Clube.
“A Globe 40 não é só para velejadores profissionais. Também é aberta para amadores e o fato de usar barcos da Classe 40, que é um barco mais acessível, torna essa volta ao mundo possível qualquer velejador que queira fazer uma aventura dessas”, explicou
Manfred Ramspacher, organizador da regata, antes de revelar um desejo para a próxima edição, prevista para 2025/2026. “A gente espera que na próxima edição tenhamos velejadores brasileiros. Tem muitos bons velejadores aqui”.
Impacto e programação
Segundo Ana Paula Vilaça, chefe do gabinete Recentro, da Prefeitura do Recife, a etapa do Recife trará impacto econômico, além de dar uma grande visibilidade mundialmente para a capital pernambucana.
“Essa regata tem cobertura do mundo inteiro e temos a oportunidade de apresentar nossa cidade para o mundo e inserir Recife nesse turismo náutico. A gente sabe que a cadeia produtiva do turismo tem mais de 50 setores envolvidos, desde hotel e restaurante, a bares, a museus… Toda uma cadeia que é beneficiada com essa atração de turistas. Então a gente coloca Recife na rota do turismo náutico e a gente faz, que é o grande objetivo da Prefeitura do Recife, fazer com que as pessoas voltem a ocupar o centro histórico. Daí a importância de ter uma marina, um centro de convenções, o próprio hotel, para que a gente movimente o comércio local”.
Além de ver a chegada e partida dos velejadores, também está previsto para a população do Recife a visitação as embarcações na sexta-feira (3) e no sábado (4). O local será na Recife Marina (Bairro de São José), das 9h às 13h.
PROGRAMAÇÃO
29 de janeiro (domingo)
Previsão de chegada do 1º barco
Local: Recife Marina (Bairro de São José)
Horário: confirmação na sexta-feira (27/01)
1º de fevereiro (quarta-feira)
Jantar de comemoração (velejadores, organizadores, patrocinadores e autoridades)
Local: Restaurante Chicama (Cabanga Iate Clube de Pernambuco)