Ex-lutadores estiveram na capital pernambucana (Foto: Ruan Pablo/DP Foto)
Os mais familiarizados com as artes marciais, certamente conhecem Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, ex-lutadores de MMA. Lendas dos octógonos, os irmãos Nogueira estão no Recife nesta semana para ações comerciais e aproveitaram a viagem para visitar o Compaz Eduardo Campos, na Zona Norte da capital pernambucana.
Já aposentados, Minotauro e Minotouro trocaram experiências com os alunos atendidos pelo centro e fizeram questão de incentivar as dezenas de crianças e adolescentes presentes.
“Eu pratico judô desde os 4 anos e nunca deixei de estudar para treinar. Com 11 anos de idade, tive um acidente, atropelado por um caminhão e nem por isso desisti. A arte marcial não só fortalece o corpo, mas fortalece sua mente”, disse Rodrigo Minotauro.
Seguindo na mesma linha do irmão, Rogério Minotouro também fez questão de salientar a importância das artes marciais como um agente de transformação social. O ex-lutador, inclusive, elogiou a estrutura do centro.
“Eu falo muito que a realidade de uma pessoa depende muito da cabeça dela e do meio em que ela anda. E, quando você tira a criança de um meio de criminalidade, tráfico e de outras coisas erradas para trazê-lo a um ambiente como esse, com acesso a esporte, educação e outros cuidados, como assistente social, psicólogo, ter ao seu alcance um mestre de judô, de jiu-jitsu, que vai levá-lo a um caminho de disciplina, de valores bons e diferentes”, declarou.
“Um lugar como esse”, prosseguiu, “é o meio onde a criança deve estar, é uma grande oportunidade ter um espaço como esse. O meio faz a realidade de uma pessoa. São poucos lugares no mundo como esse aqui. É uma alegria estar aqui, ver tudo isso e saber que no Brasil dá pra fazer boas coisas, quando se quer”, concluiu.
Alunos aproveitaram ao máximo a presença dos lutadores (Foto: Ruan Pablo/DP Foto)
Fundadores do Instituto Irmãos Nogueira, Rodrigo e Rogério também são co-autores do Projeto Esporte Para Além das Fronteiras, que visa garantir o ensino da educação física de qualidade, interferindo direta e indiretamente no projeto de vida das crianças e adolescentes atendidos.
“Nesse projeto, a gente leva os livros educacionais, metodologia e os valores das artes marciais para as escolas públicas. A gente está com 15 mil alunos. Colocamos em Maceió, duas cidades da Bahia, estamos entrando em Ribeirão das Neves-MG, Mato Grosso e estamos espalhando”, concluiu.