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E radicalidade nunca faltou na já extensa carreira de Felipe Nunes. Ele é o primeiro deficiente a completar um looping em cima de um skate, em 2019. Antes disso, já tinha chamado a atenção de um dos maiores nomes do esporte do mundo, Tony Hawk, e começou a ser patrocinado por sua marca de shapes.
Mesmo sendo uma pessoa com deficiência competindo entre pessoas "normais", Felipe nunca se intimidou e mostrou suas capacidades no street. Indo com seu lema “sem desculpas”, chegou até a final do X Games, das maiores competições internacionais do skate mundial, e ficou com a prata. Ano passado, levou para casa o título do STU Open, no Rio de Janeiro.
No Recife, ele competiu em duas categorias. No paraskate, levou a etapa em terras pernambucanas e sagrou-se campeão nacional da modalidade. Já no street, ele chegou até a final, mas acabou ficando em sexto lugar. Sua determinação e manobras incríveis conquistaram o público na rua da Aurora, que gritava o seu nome a cada volta completada.
“Foi minha primeira vez aqui em Recife e já me senti em casa. Fui muito bem acolhido, a cidade é linda, as praias são lindas. Tô muito feliz pela recepção e também pelo desempenho na pista. Foi muito da hora”, pontuou o atleta à reportagem do Esportes DP, no último domingo.
A relação entre Recife e Felipe promete ser ainda mais duradoura, assim como o STU. Em sua segunda edição na cidade, o sucesso de público foi absoluto, além de proporcionar disputas de alto nível, em todas as modalidades. Ao que parece, a capital pernambucana vem se desenhando como a casa do skate no nordeste brasileiro, e conquistou um curitibano em cima das quatro rodinhas.