Rangel Rosa, goleiro do Brasil no Handebol (Foto: Bruno Ruas / CBHb)
A Seleção Brasileira de Handebol Masculino estreia no Mundial, nesta quarta-feira (15), às 16h30 (horário do Brasil), contra a Noruega, em Oslo. Para já começar com uma vitória contra uma das favoritas ao título, o Brasil conta com a experiência do goleiro Rangel Rosa, que chega à competição como um dos mais experientes do elenco e com a missão de fechar o gol e lutar ao lado dos Guerreiros pelo título.
Além da Noruega, o grupo do Brasil ainda conta com mais duas pedreiras, Estados Unidos e Portugal. Adversários experientes e que vão fazer de tudo para estarem na próxima fase da competição. Mesmo assim, Rangel, que participou das últimas duas semanas de treinamentos, entre São Paulo e Alemanha, garante que o grupo está trabalhando muito intensamente para chegar o mais preparado possível.
"A expectativa do Mundial é fazer bons jogos para conseguir a melhor colocação possível. Sabemos da dificuldade do grupo, porém a gente tem se preparado muito bem. Vamos tentar passar no grupo, levar a maior quantidade de pontos possível e competir com as outras equipes, para, quem sabe, conseguir uma classificação histórica para a Seleção Brasileira", afirmou Rangel Rosa.
Para a disputa do Mundial, o técnico Marcus Tatá convocou um grupo inicial com 24 atletas para uma bateria de treinos em São Paulo, realizada entre 26 de dezembro e 7 de janeiro. Depois disso, os 18 jogadores convocados na lista final seguiram para a Alemanha, onde foram realizados dois amistosos contra os donos da casa. Em ambos, apesar de não terem vencido, os brasileiros mostraram que o time vai chegar forte para a competição.
O goleiro vê nesta preparação a oportunidade para corrigir alguns aspectos na equipe. "A primeira fase de treinamentos foi muito difícil e exigente. Trabalhamos bem a parte técnica e tática, além de bastante foco na parte física, para chegarmos bem nos amistosos e no Mundial. Acho que cumprimos bem essa preparação", avaliou.
Experiência com espaço para os mais novos
Além do ritmo pesado de treinamentos, o período serviu também para que a comissão técnica pudesse observar os atletas até chegar à lista final com 18 representantes do país no torneio. Assim, a disputa por vaga também foi uma das mais complicadas das últimas temporadas, o que, na visão do goleiro de 28 anos, só contribui para o fortalecimento do time.
"É muito importante uma disputa acirrada como foi, pois era um momento de renovação também. O pessoal que chegou veio com muita energia, querendo mostrar serviço. Isso também motiva quem está há mais tempo na seleção a querer e trabalhar para continuar aqui. Estar aqui não é fácil, é sempre uma luta para poder chegar e se manter. Então a gente sempre vê com bons olhos essa renovação".
Rangel Rosa, que atualmente é atleta do Saint-Raphae%u0308l Var Handball, clube da França, é goleiro da seleção brasileira já de longa data. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2021, foi o segundo jogador mais jovem do grupo, aos 25 anos. Ganhou bastante destaque também no Sul-Centro Americano de Handebol de 2022, vencido pelo Brasil com vitória sobre a Argentina na final.
Para o Mundial, o companheiro do goleiro sob a trave será Mateus Buda, outro velho conhecido da torcida brasileira. Para Rangel, essa união entre os dois também vai fortalecer o grupo neste período de renovação.
"Tendo esse papel de goleiro mais velho do grupo, um dos mais experientes, é sempre uma responsabilidade fazer bons jogos, mas sabendo que o importante é o bem da equipe. Tanto eu como o Buda estamos chegando em momentos muito bons nas nossas carreiras, na seleção. Então acredito que vamos fazer um bom trabalho e ajudar a conquistar bons resultados", afirmou.
Foco em Los Angeles
Fora das últimas Olimpíadas, disputadas em Paris, no ano passado, o atual ciclo olímpico significa muito para esses atletas. O Mundial será a primeira grande chance de desempenhar bem para buscar uma vaga em Los Angeles-2028. Se depender do goleiro, essa oportunidade não vai ser desperdiçada.
"Sabemos que o ciclo acaba passando muito rápido. Já estamos em 2025, e daqui dois anos vamos ter o próximo Pan-Americano. Então já nos preparamos para isso, pensando nas Olimpíadas, no Mundial agora, no Sul-Centro Americano no ano que vem, e assim sucessivamente. Tentando sempre melhorar individualmente, mas também como grupo", completou.
Na primeira fase do Mundial, os três primeiros colocados avançam. Na segunda fase, que também será realizada em formato de grupos, as duas primeiras equipes de cada chave avançam ao mata-mata, que começa nas quartas de final.
Esta vai ser a 17ª participação da Seleção Brasileira no Mundial de Handebol. O melhor resultado foi o nono lugar, em 2019. Na última edição, a equipe chegou até a segunda fase, mas foi eliminada e terminou na 17ª colocação.