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Lendas olímpicas: veja atletas que cravaram seus feitos na história dos Jogos

Faltam 39 dias para a Olimpíada de Paris, com começo marcado para o dia 26 de julho

postado em 17/06/2024 07:30 / atualizado em 17/06/2024 00:25

<i>(Foto: LUDOVIC MARIN / AFP)</i>

Avançam os dias, avançam as semanas, e cada vez mais vai aumentando a expectativa para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Faltam 39 dias para o maior evento esportivo do planeta, com começo marcado para o dia 26 de julho. A cerimônia de abertura, aliás, promete ser inesquecivel, uma vez que o desfile das delegações será no Rio Sena e não no estádio, como é o comum. 

Mas os olhares do mundo estarão voltados mesmo para as quadras, campos, arremessos, chutes, cortadas...saltos. E os atletas indo no limite para superar seus adversários e entrar para história. Ou mais: integrar o seleto hall de lendas olímpicas. 

Desde 1896, em Atenas (Grécia), que marca o início da Era Moderna dos Jogos, alguns atletas superaram desafios e obtiveram feitos que estão imortalizados na história. 

Umas das primeiras lendas foi o finlandês Paavo Nurmi, o cronômetro de gelo. Há 100 anos, na primeira Olimpíada sediada em Paris, em 1924, ele obteve cinco medalhas de ouro nos 1.500, 5.000, 3.000 em equipe e 10.000 metros croos individual e em equipe. Ele já tinha conquistado três ouros e uma prata na Antuérpia-1920 e faturou mais uma dourada e duas prateadas em Amsterdã-1928. Até hoje, é o terceiro maior medalhista de todos os tempos, com 12 premiações. Ele perde para a ginasta ucraniana Larissa Latynina - 18 medalhas (9 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze) nas Olimpíadas de 1956/1960/1964 - e para o recordista absoluto Michael Phelps (EUA), com incríveis 28 medalhas (23 de ouro, 3 de prata e 2 de bronze). 
 
<i>(Foto: AFP)</i>
 
IRA DE HITLER 

Nos anos de 1930, foi a vez de Jesse Owens entrar para o panteão olímpico. Negro, o norte-americano acabou com a ideologia de Adolf Hitler em Berlim-1936. Foram quatro ouros, nos 100, 200 e revezamento 4x100 metros. Além disso, venceu no salto em distância, para fúria do líder nazista, que deixou seu camorote no estádio olímpico para não ter que apertar as mãos do nobre Owens, neto de escravos que cresceu entre as plantações de algodão do Alabama. 

Das pistas para as águas, um nome ecoou de forma brilhante nos Jogos de Munique em 1972. O norte-americano Mark Spitz pulverizou recordes e venceu sete provas: nos 100, 200 metros livres, 100 e 200 borboleta e os revezamentos 4x100 e 4x200 livres e 4x100 quatro estilos. O nadador foi alvo de estudos, que apontaram que o modelo do seu corpo era o mais adaptado ao meio líquido. Quatro anos antes, no Máxico-1968, ele tinha conquistado dois ouros, uma prata e um bronze. 

Quatro anos depois, foi uma romena que causou espanto. Nadia Comaneci, a menina prodígio que aos 14 anos tirou sete notas 10 na ginástica em Montreal 1976. O detalhe é que os cronômetros não estavam preparados para quatro dígitos, pois nunca tinha acontecido antes. Os 10 tiveram que ser adpatados para 1,00. Nadia obteve cinco medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e outra de bronze. Já em Moscou-1980, foram mais duas douradas duas prateadas. 

Voltando às pistas, outro grande nome do atletismo é Carl Lewis. Com um estilo próprio de correr, ganhou nove medalhas douradas em quatro Olimpíadas: quatro em Los Angeles-1984 (100 e 2000 metros, 4x100 e saldo à distância), duas em Seul-1988 (100 metros e salto), duas em Barcelona-1992 (100 metros e salto) e outra em Atlanta-1996 (salto em distância). Ainda foi prata em Seul nos 200 metros.

Avançando mais a ampulheta, chegamos a dois dos maiores ícones do esporte olímpico: o jamaicano Usain Bolt e o norte-americano Michael Phelps. 

<i>(Foto: AFP)</i>
 
Aos 12 anos, quando já tinha 1,95 cm, Bolt chamou a atenção quando ganhou os 200 metros no Campeonato Mundial Júnior de 2002. E as previsões não estavam erradas. Em Pequim-2008, Bolt fez história. Nos 100 m, ele cruzou a linha de chegada em primeiro, com o tempo de 9,69s, 0,20s na frente do segundo colocado. O tempo ainda poderia ser melhor, considerando que o jamaicano desacelerou no fim para comemorar a conquista e ainda estava com o cadarço desamarrado. Depois, Bolt ainda ainda conquistou o ouro nos 200 m (19,30s) e no revezamento 4x100m (37,10s), garantindo uma tríplice coroa. Além disso, ele quebrou o recorde mundial em todas as três provas. 

Em Londres 2012, segunda vez consecutiva, Usain Bolt conquistou novamente três medalhas de ouro, nos 100m, 200m e 4x100m. Ele se tornou o primeiro atleta a defender os títulos nas duas provas de sprint. Bolt competiu nos Jogos Olímpicos e levou para casa a medalha de ouro nas três provas na Rio 2016. Porém, no ano seguinte, um dos atletas presentes no revezamento 4x100m em Pequim testou positivo para para uma substância proibida no exame antidoping. Com isso, ele foi desclassificado e a Jamaica acabou perdendo a medalha de ouro na prova. 

PHELPS

Porém, o mais icônico atleta olímpico é o norte-americano Michale Phelps. Com 28 medalhas, sendo 23 ouros, é o maior vencedor dos Jogos. A saga do nadadar começou em Atenas-2004, com seis ouros e duas de bronze. Em Pequim-2008, ele se superou: oito ouros, se tornando o primeiro atleta olímpico a realizar tal façanha, entre todos os esportes.

E tinha mais. Em Londres-2012 foram mais quatro conquistas e dois segundos lugares. Depois da suspensão por dirigir embriagado, Phelps foi ao Rio-2016 e encerrou seu ciclo olímpico com mais cinco medalhas de ouro e uma de prata.

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