A dupla atualmente mora no bairro de Meudon, na Ilha de França, nos arredores de Paris e a apenas 15 minutos de carro da Torre Eiffel e do Arco do Triunfo, símbolos da cidade. Eles conversaram com a reportagem do Esportes DP e detalharam que nem tudo são flores na preparação da cidade. “Em 2014, na Copa, e em 2016, no Rio, o que nós brasileiros mais criticamos era que o País não estava pronto faltando pouco tempo para os dois eventos. Aqui não está muito diferente. Está um pouco devagar ainda e com atraso, tanto de estrutura como em divulgação”, disse Edson.
Curiosamente, para eles o maior sinal da chegada dos Jogos é o caos no trânsito parisiense com a interdição das ruas. “O trânsito em Paris está impraticável porque já fecharam ruas e avenidas para a montagem das estruturas. Nós moradores da redondeza teremos que nos cadastrar para ter acesso às áreas próximas. Por enquanto, é mais gente se queixando do que feliz com os Jogos”, brincou Edson.
Ainda sobre o famoso “clima de Jogos Olímpicos”, ou a falta dele até o momento, Edson Júnior tem uma teoria curiosa. “Os mais velhos não querem saber de Olimpíadas. Muitos irão sair de Paris durante o período, tirar férias em outros lugares, por exemplo. Os franceses mais jovens estão animados, mas para eles é uma coisa de cada vez. O foco agora é na Eurocopa. Depois sim, a cidade deve passar a respirar os Jogos. Nos programas de TV, 90% é sobre a Eurocopa e 10% sobre os Jogos. A divulgação é muito discreta ainda”, explicou Edson.
Outro ponto que tem chamado a atenção é a segurança nos meios de transporte. De acordo com Lidiana, a fiscalização e a segurança aumentaram bastante no metrô e nos ônibus. “Metrô e ônibus têm atrasado porque param para fiscalização, entram policiais e cachorros para fiscalizar. Tem sido mais caótico se locomover para trabalhar”, comentou Lidiana.
Para receber os Jogos Olímpicos, Paris vai trabalhar com o maior aparato de segurança já visto na França. Em entrevista à TV Globo, o chefe da Polícia de Paris, Laurent Nuñez, falou sobre o assunto. "O número de ameaças terroristas na França é muito alto e durante os Jogos Olímpicos não será diferente”, disse Laurent. A polícia vai instalar perímetros ao longo de todo o trecho do Rio Sena que passa por Paris. Esses bloqueios vão começar a funcionar nove dias antes da cerimônia de abertura.
“É claro que estamos animados e com expectativa de rever brasileiros e pessoas do mundo todo. Porém, acho que a cidade vai começar a ferver faltando poucos dias para a abertura. Na Rio 2016 estávamos em Recife. Agora, as Olimpíadas estão praticamente no nosso quintal. Será uma experiência única”, finalizou Edson.
