O Brasil terminou com menos medalhas de ouro do que era esperado nos Jogos Olímpicos de Paris. Embora o número de medalhas seja quase o mesmo que em Tóquio, foram quatro ouros a menos do que em 2021.
Em entrevista à imprensa, para fazer o balanço das Olimpíadas de Paris, Ney Wilson, diretor de alto rendimento do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), declarou que o resultado foi satisfatório.
“Nos preparamos para atingir o nosso melhor, trabalhamos em conjunto com as confederações, tivemos resultados brilhantes. Entendemos que foi muito bom. Alcançamos grandes objetivos”, disse Ney Wilson.
Contudo, Ney afirmou que a queda no rendimento da delegação brasileira teve alguns motivos, apontando a natureza como um fator importante.
“Se não fossem algumas ondas, alguns ventos e alguns contratempos que aconteceram ao longo dos Jogos Olímpicos, possivelmente teríamos quebrado o recorde”, falou o diretor do COB.
Ney Wilson se referiu a falta de ondas em Teahupo’o, no Taiti, que acabou prejudicando Gabriel Medina na semifinal do surfe. Vale lembrar que as baterias da modalidade sofreram com vários adiamentos.
No sábado (10), a delegação brasileira encerrou sua participação nos Jogos de Paris em 20º lugar no quadro de medalhas, com um total de 20: três de ouro, sete de prata e dez de bronze.
O desempenho ficou abaixo de Tóquio-2020 (12° lugar) e Rio-2016 (13º), quando os brasileiros conquistaram sete ouros em cada uma dessas edições. Mas por outro lado, em termos de quantidade de pódios, só perdeu para o dos Jogos realizados na capital japonesa, quando o Brasil conquistou um total de 21 medalhas.
As Olimpíadas de Paris ficaram marcadas pela consagração da ginasta Rebeca Andrade como a atleta brasileira mais vitoriosa da história dos Jogos, entre homens e mulheres. Com um ouro, duas pratas e um bronze, a paulista de 25 anos superou a marca de cinco medalhas dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt e se isolou na liderança, com seis.
Grael e Scheidt ganharam a companhia de Isaquias Queiroz, que conquistou sua quinta medalha olímpica ao ficar com a prata na categoria C1 1000m da canoagem de velocidade.
O judô brasileiro obteve a melhor campanha da história: um ouro (Beatriz Souza), uma prata (Willian Lima) e dois bronzes (Larissa Pimenta e por equipes mistas).
Na cerimônia de encerramento, Ana Patrícia e Duda, medalhistas de ouro no vôlei de praia feminino, entraram no Stade de France como porta-bandeiras da delegação do Brasil.