Ela perdeu a semifinal do boxe na categoria até 66 kg nos para a irlandesa Kelllie Harrington Jogos Olímpicos de Paris, por decisão não unânime.
Como no boxe não disputa de terceiro lugar, Bia assegurou a medalha de bronze. Kelllie Harrington também venceu Bia na decisão do ouro em Tóquio-2020.
COMO FOI A LUTA
O combate começou equilibrado. Bia Ferreira pressionou, encaixou bom cruzado e esquerda, mas a irlandesa soube usar o contragolpe e foi melhor, na avaliação dos juízes. No segundo assalto, a brasileira foi superior, por 3 votos a 2, com bons golpes e esquiva. Com o placar empatado, a luta ficou mais aberta e Harrington aplicou movimentos mais eficientes. As duas comemoram após o fim, mas a vitória foi decretada em decisão dividida dos árbitros para a europeia.
A eliminação de Bia escancara o quão difícil é se manter em alto nível e entre os melhores do mundo entre um ciclo e outro. Dos cinco medalhistas brasileiros de esportes em duplas ou individuais no Japão e que já estiveram em ação em Paris, somente três garantiram novos pódios — Rebeca Andrade, Rayssa Leal e Beatriz Ferreira. Hebert Conceição e Abner Teixeira (boxe), Luisa Stefani e Laura Pigossi (tênis), Martine Grael e Kahena (vela), Kelvin Hoefler (skate street), Daniel Cargnin e Mayra Aguiar (judô) não alcançaram novos resultados expressivos. Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Pedro Barros (skate park), Ana Marcela Cunha (águas abertas) e Alison dos Santos (atletismo) entraram em cena nos próximos dias.
O Brasil agora deposita as esperanças em Jucielen Romeu. Neste domingo (4/8), às 6h16 (horáriode Brasília), Jucielen encara a turca Esra Kahraman, pelas quartas de final. A vitória a garantirá, pelo menos, o bronze. No masculino, não há mais possibilidades conquistas. O país foi eliminado de todas as categorias, com Keno Marley, Abner Teixeira, Luiz Bolinha, Wanderley Pereira e Michael Trindade.
O boxe está entre as especialidades do Brasil nas últimas edições dos Jogos. Pelo menos uma medalha foi conquistada por pugilistas do país nas últimas três edições — Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020. O retrospecto positivo está mantido com o bronze de Bia Ferreira.