É prata! Rebeca Andrade conquistou a medalha de prata neste sábado (3) na final do salto na Arena Bercy. O ouro foi para Simone Biles e o bronze com a também norte-americana Jade Carey.
Foi a terceira medalha de Rebeca Andrade em Paris e a quinta na sua trajetória olímpica (um ouro, três pratas e um bronze). Ela se iguala, desta forma, aos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, como maiores medalhistas do país em todos os tempos.
A brasileira ainda vai disputar mais duas finais, na trave e no solo, na próxima segunda-feira (5). "Estou muito feliz. Estou muito orgolhosa de estar dando resultado para o meu país e para o meu esporte", disse Rebeca Andrade em entrevista à TV Globo.
O ouro ficou com Simone Biles. Em Paris-2024, a americana também foi campeã da disputa por equipes e do individual geral. Nesta disputa, parecia nervosa antes de saltar. Realizou dois aquecimentos e caiu uma vez. Fechou a cara. Rebeca Andrade só observava. Sequer levantou do banco e tirou a roupa de aquecimento, como quem não gostaria de revelar a estratégia.
A nova conquista de Simone Biles comprova o equilíbrio das decisões dos saltos. Somente uma vez a prova teve campeã consecutiva. Em 1964 e em 1968, a tcheca monopolizou os ouros. Rebeca Andrade buscava. O bronze ficou com Jade Carey, dos EUA.
REBECA ANDRADE É PRATAAAAAAAAAAA!!!! %uD83E%uDD48%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7
É a TERCEIRA medalha de Rebeca Andrade, em Paris! %uD83E%uDD49%uD83E%uDD48%uD83E%uDD48
É LENDÁRIA, É HISTÓRICA, É REALEZA OLÍMPICA! É REBECA ANDRADE! %uD83D%uDD25%uD83D%uDD25
A primeira a saltar foi Valentina Georgieva. A búlgara havia feito 13.999 na classificatória e, no primeiro, foi bem, com 14.100. No segundo, obteve 13.866, com nota final 13.983, abaixo para brigar por pódio. Nesta prova, as atletas executam dois movimentos e recebem a nota final com base na média dos índices. Na sequência, Ok Chang An, da Coreia do Norte, entrou e subiu o sarrafo: 14.216. Quem passou longe foi canadense Shallon Olsen. Repetiu os 14.100 de Georgieva na tentativa um, mas caiu no segundo e ficou com 13.366.
Com a nota de corte ainda abaixo, Simone Biles entrou em ação e “apelou” com o Biles II, salto de maior dificuldade da ginástica. O movimento foi avaliado com 15.700. Após aliviar a tensão, recebeu 14.900 e ficou com 15.300, a mesma da classificatória, e assumiu a liderança. A nota final foi superior à de Rebeca Andrade, campeã em Tóquio-2020. Naquela decisão, a brasileira fechou a caça pelo ouro com 15,083.
Vestida com collant branco de cristais azuis, a brasileira se colocou na briga com o primeiro salto. Qualificada com 14.683, fez 15.100 após cheng com aterrissagem perfeita. No segundo, protagonizou um Amanar, movimento de maior dificuldade, com duas piruetas e meia, não cravou e teve “desconto” com 14.833. Fechou com média de 14.966.
O combate psicológico de Rebeca e Biles começou ainda na apresentação das ginastas finalistas. Novamente, as duas foram extremamente ovacionadas pela Arena Bercy lotada. A norte-americana executou dois saltos de aquecimentos (inclusive um Biles II, com uma queda calculada). O collant escolhido por Simone também chamou atenção. Ela escolheu um vermelho, com cristais no mesmo tom. Simbólica, a cor é escolhida pela estrela na intenção de fazê-la se sentir mais poderosa. A paulista manteve o mistério até uma roupa branca cristalizada em azul. Ao aquecer, mostrou disposição de arriscar pelo ouro.