Paquetá foi um dos comandantes nas comemorações contra a Coreia (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Após goleada acachapante na última segunda-feira - 4 a 1 sobre a Coreia do Sul -, o Brasil encara a Croácia, nesta sexta-feira (9), em duelo válido pelas quartas de final da Copa do Mundo, de moral elevado. A constelação de estrelas, como Neymar, Vinícius Júnior e Richarlison, entre outras, desfila seu talento às 12h, no Estádio Cidade da Educação, sediado na capital do Catar, Doha. Quem vencer encara Argentina ou Holanda nas semifinais.
Indo na contramão de sua seriedade característica, o técnico Tite blindou seus atletas de críticas sobre danças e comemorações nos gols. O caso mais recente foi o do ex-jogador do Manchester United e agora comentarista, Roy Keane, que julgou a atitude dos brasileiros como um ato de respeito à Coreia. “Se eu tiver que dançar, vou dançar. Só tenho que treinar mais. O meu pescoço é duro”, iniciou, aos risos.
“Não é minha Seleção. É a Seleção Brasileira, da qual tenho responsabilidade de ser técnico. Eu lastimo muito quem não conhece a história e a cultura do Brasil, o jeito de ser. Eu respeito a cultura e o jeito que eu sou, a Seleção que trabalho. É a cultura brasileira, e ela não vai desmerecer nenhum outro. É a nossa forma de ser, todo mundo aprendeu isso desde pequeno”, pontuou.
Apesar do bom momento, Tite segue desvendando quebra-cabeças na escalação da Seleção Brasileira. A tendência é que o comandante não possa contar inicialmente com Alex Sandro, único lateral-esquerdo de origem do elenco, ainda se recuperando de contusão no quadril. Já Alex Telles, foi cortado e corre o risco de passar por cirurgia no joelho direito. Sem a dupla, Danilo deve fazer a função na esquerda, enquanto Éder Militão permaneceria no lado oposto, assim como aconteceu frente aos coreanos.
“O Alex Sandro vai treinar de tarde para ver a disponibilidade para ir ao jogo. A tendência é a não participação, porque não há um trabalho muito forte ainda. São lesões diferentes. Eu tenho que ver com o departamento médico e físico essa situação. É diferente do Neymar, mas vai depender de hoje (ontem) à tarde se estará disponível ou não”, respondeu o treinador. Na véspera do jogo anterior, Tite cravou a escalação de Neymar e Danilo, ambos recuperados de lesões nos tornozelo.
A Seleção jogou nove vezes sob o comando de Tite nas Copas de 2018 e 2022. Fez gol no primeiro tempo em apenas três, contra Sérvia e Suíça, ambas na Rússia; e diante da Coreia do Sul nas oitavas de final. “A gente quer sempre fazer o gol rápido para o adversário se abrir, mas às vezes não é possível. Se conseguirmos o gol no fim do jogo, contra uma equipe como a Croácia, a melhor defesa, se não estou enganado, temos que trabalhar com essa tensão. Respeitando e sabendo da característica da equipe”, comentou o auxiliar Cléber Xavier. O time que menos sofreu gols, entretanto, foi a seleção de Marrocos, vazada apenas uma vez.