Grupo estuda na Universidade Católica de Pernambuco (Foto: Sandy James/DP Foto)
A Copa do Mundo chegou à terceira rodada da fase de grupos para definir os classificados para as oitavas de final. Nesta sexta-feira, às 16h, pelo grupo G, o Brasil, já garantido na próxima fase, enfrenta Camarões, que ainda tem chances. O encontro entre os times será especial para um grupo de quatro estudantes da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Auguste Nana, Lise Abena, Yves Kameni e Abel Kelack, saíram do país natal para estudar Engenharia de Complexidade na instituição, e estão há três meses em solo pernambucano.
Os camaroneses vieram de duas cidades diferentes do país africano. Auguste, de 22 anos, além de Yves e Abel, ambos com 21 anos, são de Douala. Já Lise, de 20, a única mulher do grupo, nasceu em Yaoundé. Em uma parceria entre a UNICAP e o ICAM, escolha de engenharia francesa, vieram ao Brasil passar um ano. Após chegarem no Recife, os quatro foram morar em um apartamento no bairro de Boa Viagem, mas assistem aulas na Boa Vista. Em entrevista ao Esportes DP, os quatro estrangeiros se mostraram confiantes por uma vitória de Camarões nesta sexta-feira.
“A minha expectativa é que Camarões vença o jogo para poder se classificar para a próxima fase. Eu acredito que nosso time pode ganhar. Eu acho que vamos ganhar de 3 a 1. Estou muito confiante. Nós podemos conseguir”, avaliou Abel Kelack.
O jovem Yves Kameni, apesar de não dar um palpite sobre o placar do confronto, admitiu que o ataque da seleção africana pode surpreender, mas alertou que a equipe precisa saber neutralizar o Brasil. “Vamos montar a estratégia para ganhar a partida. Temos que tentar abrir o placar ainda no primeiro tempo, para no segundo segurar a vantagem. O Brasil vai com tudo para o ataque, mas se mantivermos a estratégia poderemos marcar dois gols”.
Apesar de ainda não falarem a língua portuguesa, os camaroneses se esforçam para aprender algumas palavras, mas se comunicam com todos através do inglês. Em contrapartida, a barreira do idioma não muda o sentimento deles com o Brasil e a cidade do Recife.
“Vivemos aqui há três meses. Nossa experiência vem sendo muito boa. Estamos tentando aprender sobre a língua, apesar de ainda não saber falar muito bem, apenas algumas palavras. Para mim, o Brasil se parece um pouco com Camarões. Os brasileiros são um pouco como nós também”, afirmou Yves Kameni.
Para Lise Abena, a mais jovem do grupo, as semelhanças entre os dois países vem ajudando na adaptação. “Brasil e Camarões têm muito em comum. O Brasil é muito hospitaleiro, recebe bem as outras pessoas. Nos sentimos em casa. Estamos descobrindo sobre comida e dança. Amamos o Brasil e os brasileiros, é muito legal”.