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COPA DO MUNDO

Golaço de Richarlison na estreia da Copa do Mundo vira arte em muro de igreja

A arte de Paulo Queiroz foi produzida numa igreja em Camaragibe

postado em 05/12/2022 10:00 / atualizado em 05/12/2022 10:00

<i>(Foto: Reprodução)</i>
Uma verdadeira paixão nacional - futebol e arte são sinônimos da cultura brasileira. Na estreia da Seleção Brasileira diante da Sérvia na Copa do Mundo, eram onze brasileiros, representando milhões de apaixonados. No estádio Lusail, foram cerca de 88 mil torcedores presentes que foram testemunhas da obra de arte. Um lance tão plástico que permanece gravado, e virou tela para o mural de uma igreja localizada em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife.
 
O trabalho do artista visual, Paulo Queiroz, de 39 anos, nascido na cidade de Camaragibe, tem como intuito levar cores através da grafitagem de rua, naquela que o considera a “arte mais democrática” da sociedade. A ideia de criar o desenho em homenagem ao atacante da seleção brasileira Richarlison parecia simples para um grafiteiro experiente, mas o artista necessitava de um local para expor sua arte. Como estava trabalhando no mural de uma igreja, resolveu apresentar a proposta ao pastor que imediatamente aceitou a homenagem.

“Eu estava fazendo a lateral de uma igreja, aí um dia anterior foi a ação do jogo do Brasil. E foi aquele gol de Richarlison, um gol espetacular, no caso eu sou grafiteiro, mas eu gosto muito de futebol. Eu perguntei ao pastor da igreja se poderia fazer uma homenagem a Richarlison pelo gol bonito na Copa do Mundo. A primeira Copa do Mundo do Richarlison numa partida de estreia, depois de toda aquela situação que ele passou, sofreu uma lesão duas semanas antes de ir pra Copa. O pastor permitiu fazer essa homenagem a Richarlison nesse mural que fica localizado num bairro chamado Jardim Primavera, na cidade de Camaragibe”. 
 
<i>(Foto: Reprodução)</i>

Desde jovem, o artista visual descobriu o seu talento pela grafitagem, porém, apenas nesta Copa do Mundo decidiu unir duas paixões - arte e o futebol. Embora o grafiteiro tenha comentado que trabalhou com pintura de telas, Paulo Queiroz se encontrou na arte de rua por ser um modelo marcado pela acessibilidade a diferentes camadas da sociedade - do rico ao pobre.

“A grafitagem é uma arte democrática, a gente leva arte à rua dando visibilidade às nossas ideias, nossas propostas. A gente pode homenagear e reivindicar. É muito democrática por estar a acesso de todos, desde o morador de rua ao mais rico empresário. Então, eu acho democrático você faz um painel num espaço desse uma rua simples na lateral que ninguém dá nada, não significa nada, mas o evento bota uma mensagem as pessoas começam a olhar e a pensar, a questionar sobre aquelas aquelas ideias, sobre aquele assunto”, afirmou o artista.

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